segunda-feira, 4 de abril de 2011

Tragédia Anunciada? - Belo Monte: 70% das obras para reduzir impactos ainda não começaram


Do Portal G1


Praticamente um ano após o leilão que definiu o consórcio Norte Energia como responsável pela construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, quase 70% das obras de ampliação da infraestrutura previstas para redução dos impactos socioambientais na região ainda não tiveram início, mostram dados do relatório de execução de obras do consórcio.
A demora para instalação de novas escolas e postos de saúde, que representam a maioria das obras, preocupa lideranças locais porque a população vem crescendo desde o leilão, em 20 de abril do ano passado. A expectativa é que a construção da hidrelétrica atraia 100 mil pessoas para Altamira, sede administrativa da obra, o que fará dobrar a população local.
Conforme os dados do consórcio, atualizados em 27 de março último, das 67 obras chamadas de "emergenciais" e previstas para as cidades de Altamira, Anapu e Vitória do Xingu, que abrigarão a hidrelétrica, 44 ainda não saíram do papel. Em alguns casos, foi realizada reforma, mas a ampliação ainda não começou.
Os principais motivos descritos pelo consórcio para as obras ainda não terem se iniciado estão a falta de aprovação de projetos e liberação de terrenos por parte de prefeituras, além da indefinição sobre quem fará o projeto ou a construção.
No começo de março tiveram início as obras de acesso ao local onde será construída a usina pela Norte Energia, consórcio de empresas que reúne estatais e construtoras. A licença parcial de instalação obtida pelo consórcio permite ainda a construção de alojamentos e espaços administrativos.
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hübner, afirmou, de acordo com a Agência Brasil, que a licença de instalação que permitirá o início das obras da hidrelétrica deve ser concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ainda em abril.

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Foto: Casa de palafita na periferia de Altamira em imagem de março do ano passado ( Mariana Oliveira / G1)

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