quarta-feira, 6 de abril de 2011

Direitos Sociais - Em defesa dos trabalhadores da Saúde


O caos na saúde do Estado, sobretudo em Belém, foi mais uma vez motivo de críticas duras do deputado estadual Edmilson Rodrigues. Na última terça-feira, 5, ele visitou pessoalmente a sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e ficou revoltado com o que viu. "Os técnicos de nível médio que atuam como socorristas estão tendo que dormir durante os plantões em colchões colocados no chão porque as camas estão quebradas. A situação física do prédio é vergonhosa e o desrespeito aos trabalhadores e com a população é revoltante porque mostra de forma clara o descaso da administração municipal atual com a saúde do povo", criticou o deputado.

Na próxima sexta-feira, 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, e segundo o líder do PSol não há o que comemorar no Pará, principalmente em Belém, onde o caos do setor já foi pauta da imprensa nacional na última sexta-feira, 1º, em reportagem do programa Globo Repórter, da Rede Globo. Uma criança morreu quase em frente às câmeras no Pronto-Socorro Municipal de Belém por falta de atendimento. "Trouxe ao conhecimento desta Casa as graves denúncias de terceirização, em verdade, uma criminosa privatização camuflada, do SAMU, assunto que já rendeu inúmeras ações do Ministério Público Federal (MPF) e seguidas condenações à atual administração de Belém", disse Edmilson.
Na última terça-feira, 5, os servidores municipais do SAMU decretaram um dia de paralisação. Foi uma medida extrema para chamar atenção da sociedade para o caos que ali está instalado.

2 comentários:

  1. Com certeza, no Dia Mundial da Saúde não temos o que comemorar nem em Belém e nem no Pará, porque os gestores(?) não entendem Saúde como direito do cidadão e dever do Estado, como garante a Constituição Brasileira.
    As grandes conquistas do Governo do Povo foram abandonadas pelo (des)prefeito de nossa cidade.
    Como servidora da saúde, fico indignada ao ver o caos instalado na saúde municipal, o desrespeito a nós, trabalhadores, e a desassistência a que é submetida a população da minha cidade.
    O sucateamento a que foram condenadas as unidades de saúde, o desmantelo da Estratégia Saúde da Família, a falta de medicamentos da Atenção Básica, o adoecimento dos trabalhadores da Saúde Mental e da saúde em geral, dentre tantas outras perversidades praticadas pelo (des)prefeito tem solução: a volta do melhor prefeito que Belém já teve - Edmilson Rodrigues.
    No Governo do Povo, eu tinha orgulho de ser servidora da saúde.
    Infelizmente, hoje não tenho nada pra comemorar, só pra lamentar!

    ResponderExcluir
  2. Entre os “nós críticos” na histórica crise da saúde pública brasileira, estão: a deficiência estratégica e a incompetência do Estado no planejamento e gestão das políticas públicas nesta área. O caráter pífio e ineficiente das políticas públicas de atenção básica é um exemplo disso.

    Agregado à essa débil base de sustentação da saúde pública, está a "atenção" que o Estado dá ao saneamento urbano.

    O relatório do Instituto Trata Brasil, sobre uma amostra de 101 obras do PAC voltadas ao esgotamento sanitário relata que, apesar de ter sido liberado 40,9% do conjunto dos recursos para essas obras, apenas 4% foram concluídas.

    Os principais fatores relacionados à estes irrisórios resultados do PAC Saneamento Esgoto, estão vinculados às áreas do planejamento e da gestão dos recursos e das obras.

    Segundo o instituto Trata Brasil:

    “Continuam urgentes as ações para avançar na solução dos gargalos do saneamento, tais como a necessidade de apresentação de melhores projetos - técnico e economicamente viáveis, melhoria da eficiência dos operadores e gestores, melhor coordenação entre os Poderes Municipal, Estadual e Federal, aumento dos investimentos e incentivos à qualificação dos profissionais envolvidos, entre tantos outros”

    Mais recurso para a saúde, sim, mas sem verdadeiro planejamento estratégico; eficiente gestão das políticas, dos recursos e obras e, principalmente, sem controle social não acredito em reversão do atual quadro de crise na saúde pública.

    Juramir Oliveira
    Belém/Pa

    ResponderExcluir