sábado, 30 de abril de 2011

Na mira da mídia - TV Liberal mostra um dos fantasmas da Alepa

Diplomacia da truculência - Acuado, governo brasileiro retalia OEA diante das críticas a Belo Monte

Da Folha de São Paulo


O governo brasileiro decidiu jogar duro com a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos): deixará o órgão a partir de 2012 e suspendeu, por ordem presidente Dilma Rousseff, o repasse de verba à entidade previsto para este ano, de US$ 800 mil.
A reação do Brasil veio após a comissão pedir, em abril, a interrupção das obras de Belo Monte. O órgão alegou irregularidades no processo de licenciamento ambiental da hidrelétrica de Belo Monte, atendendo a uma medida cautelar de entidades indígenas que questionaram o empreendimento.
Como reação à época, a diplomacia brasileira usou termos fortes e pouco usuais. Chamou a decisão de "precipitada e injustificável" e alegou não ter tido tempo suficiente para se defender.
Irritada com o que considerou interferência indevida, Dilma quis mostrar um posicionamento ainda mais duro: convocou de volta ao país o representante do Brasil na OEA, embaixador Ruy Casaes. Ele, até agora, ainda não recebeu autorização para retomar seu posto em Washington, tampouco sabe quando o terá.
A comissão integra o sistema interamericano de direitos humanos nas Américas. Embora ligada à OEA, é um órgão formalmente independente; não representa países, embora a indicação venha deles. Seus sete membros, entre eles o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, são eleitos por assembleia-geral.
O Brasil havia apresentado o nome de Paulo Vanucchi, ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos no governo Lula, para substituir Pinheiro a partir de janeiro de 2012. A indicação, porém, acabou suspensa em caráter irrevogável.
A relação pode piorar ainda mais. Isso porque a comissão passou a analisar uma nova reclamação de ONGs, que contestam obras no Rio para a Copa-2014 e Olimpíada-2016, eventos caros a Dilma. Quando soube do novo processo, Dilma mandou um recado às lideranças do órgão: se isso for levado adiante, levará o caso à própria OEA, dando contornos de crise real ao caso.
No caso de Belo Monte, o Brasil argumenta que a CIDH concedeu apenas 28 dias para que o governo se explicasse, quando o prazo médio de solicitações semelhantes supera a marca de 100 dias.
Nessa semana, o governo enviou à entidade um relatório de 52 páginas explicando sua atuação no empreendimento junto às comunidades locais. Disse ter ouvido as comunidades indígenas da região e que está atento aos efeitos sociais e ambientais da iniciativa.
(NATUZA NERY)

História Viva - Há 36 anos os Estados Unidos eram derrotados no Vietnã


Na foto clássica de 30 de abril de 1975, em Saigon, a fuga desesperada de norte-americanos e de sul-vietnamitas quando da derrota final do governo títere de Nguyen Van Thieu. Era o ínicio da longa e penosa reconstrução do Vietnã reunificado, que levou décadas para sarar as feridas de quase 40 anos de guerra pela libertação nacional. Primeiro, contra a França (até 1954), depois contra a intervenção militar patrocinada por Washington (do início dos anos 60 até aquela data).
O saldo desta última guerra foi terrível: mais de um milhão de combatentes comunistas mortos, 200 mil soldados sul-vietnamistas e meio milhão de civis entre as vítimas fatais do conflito. Pelo menos, 50 mil soldados norte-americanos perderam a vida.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Na mira da mídia - Justiça quebra sigilo bancário da Assembleia





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Tempo de recordar. Tempo de avançar - Belém, no Governo do Povo: Cidade Criança





Belém viveu entre 1997 e 2004 uma verdadeira revolução na área educacional. Foi o tempo da Escola Cabana, com a construção de escolas nas periferias, respeito aos servidores públicos e ampla gestão democrática nas escolas. Nas imagens acima, alguns exemplos de obras e ações voltadas a dar um futuro digno às nossas crianças.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Escândalo da Alepa - Queda de Duboc reforça necessidade de CPI

A queda do superintendente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Sérgio Duboc Moreira (PSDB), só reforça, ainda mais, a necessidade de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as fraudes na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). A avaliação é do deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL), proponente da CPI, que acredita que se o governador Simão Jatene (PSDB) avaliou como insustentável mantê-lo no quadro do governo é porque deve ter suas razões. "É fácil supor que o governador tenha convicção de que as suspeitas contra Duboc possam ter procedência. E por isso devem ser investigadas a fundo pelo Poder Legislativo, o que só será possível com a CPI", reforçou Edmilson.

Duboc foi indicado ao cargo de superintendente do Detran por seu padrinho político, o senador Mário Couto (PSDB). Ele também foi indicado pelo senador para ocupar o cargo de diretor financeiro da Alepa, quando Couto ocupava a presidência da Alepa, entre 2004 a 2006, tendo sido mantido na gestão de Domingos Juvenil (PMDB), que presidiu a Alepa de 2007 a 2010, período em que se concentram as investigações das fraudes pelo Ministério Público do Estado. Duboc tinha conhecimento das irregularidades e pode ter se beneficiado delas. No gabinete dele, no Detran, o MPE encontrou, durante operação realizada na semana passada, processos de licitação da Assembleia. Ele tende a ser um dos indiciados no processo a ser apresentado pelo MPE à Justiça.

511 anos de resistência - Povos indígenas realizam encontro em defesa da terra e da vida

Do site do Conselho Indigenista Missionário (CIMI)


Começa amanhã, 29 de abril, o Encontro Nacional dos Povos Indígenas em Defesa da Terra e da Vida. O evento, que tem como lema Vida e Liberdade para os povos indígenas – Povos Indígenas construindo o Bem Viver, acontece até dia 1º de maio no Centro de Formação Vicente Cañas, em Luziânia (GO).

Durante os três dias do encontro, que é organizado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), mais de 200 pessoas, 180 das quais lideranças indígenas vindas de diversas regiões do país, colocarão em pauta os impactos gerados pelas grandes obras do governo federal em terras indígenas.

O encontro será norteado por três grandes eixos: luta pela reconquista e garantia dos territórios; luta contra o processo de criminalização das lutas e das lideranças; e enfrentamento aos grandes projetos que afetam as comunidades. A partir dessas discussões, serão traçadas soluções conjuntas para o enfrentamento destes desafios, bem como a proposta de unificação das lutas dos povos indígenas pela demarcação de seus territórios e contra o crescente processo de criminalização das lutas e lideranças indígenas.

Lideranças vindas de diversas regiões do país, cujas comunidades foram ou serão impactadas pelas grandes obras do governo federal, também participarão do encontro. Entre elas, lideranças dos povos Kaiapó, Arara e Juruna, que poderão sofrer os impactos da construção da hidrelétrica de Belo Monte; Truká, Xukuru, Pankararu e Pipipã, entre outros, ameaçados pela transposição do rio São Francisco.


Acampamento Terra Livre


Ainda no campo das mobilizações indígenas, acontece entre os dias 2 e 5 de maio, o 8º Acampamento Terra Livre (ATL). Durante uma semana, mais de 800 lideranças, representantes dos mais de 230 povos indígenas do país, transformarão a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em uma grande aldeia.

Este ano, o objetivo principal do evento é debater o quadro de violação dos direitos indígenas instalado no país e reivindicar do governo compromissos concretos para a superação dessa situação. Os debates em plenário e nos grupos de trabalho temáticos abordarão temas como direito à terra; consentimento prévio e grandes empreendimentos em Terras; implementação da Secretaria Especial de Saúde indígena; educação diferenciada, e articulações para aprovação no Congresso Nacional do novo Estatuto dos Povos Indígenas e do projeto que cria o Conselho Nacional de Política Indigenista (CNPI).

A luta avança - CPI ganha apoio do PPS

O deputado João Salame, líder do PPS, assinou requerimento da CPI da Alepa


O deputado estadual João Salame (PPS) assinou na manhã desta quinta-feira, 28, o requerimento que propõe a instalação da CPI da Alepa. Com mais essa assinatura, o requerimento proposto pelo deputado Edmilson Rodrigues, já soma dez assinaturas. Agora, fatam apenas quatro para que a comissão seja instalada e o Poder Legislativo tome as rédeas das investigações sobre as fraudes, tendo o Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal), Receita Federal e Polícia Civil como parceiros nas investigações.

Segundo Edmilson Rodrigues, após as declarações dos dois maiores líderes do PSDB, Simão Jatene e Mário Couto, dizendo que apóiam a instalação da CPI, a efetivação dela está cada vez mais próxima. As declarações foram publicadas no jornal O Liberal desta quinta-feira, 28, e o líder do PSol acredita que o deputado Márcio Miranda (DEM), que é líder o governo na Alepa, assim como o deputado José Megale (PSDB), líder da bancada do PSDB na Casa, deverão deixar a bancada do governo livre para se manifestar em relação à instalação da CPI. "Acredito que, agora, com a manifestação favorável dos dois maiores líderes do PSDB e do governo, conseguiremos as assinaturas que faltam para a instalação da CPI para que possamos, finalmente, investigar a fundo essas fraudes, que segundo indícios não foram praticadas apenas na gestão passada", declarou o deputado.


Foto: Assessoria de Imprensa

Na mira da mídia - Escândalo na Assembleia derruba diretor do Detran

Ética na política - Edmilson denuncia manobra contra a CPI

O deputado estadual Edmilson Rodrigues usou a tribuna, mais uma vez, para defender a necessidade de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a fundo as fraudes existentes na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). O líder do PSOL criticou o pacote de medidas anunciado na última terça-feira, 26, pelo presidente da Alepa, Manoel Pioneiro (PSDB). "Lamento afirmar que tudo indica que o pacote de medidas não terá a capacidade de deter a sangria na credibilidade do Poder, e, ao contrário, poderá apenas prolongar a crise e aprofundá-la ainda mais, na medida em que poderão passar a nítida impressão de compor uma estratégia simplesmente diversionista para se ganhar tempo enquanto a imagem de nossa instituição segue em franco, contínuo e acelerado desgaste", destacou o deputado.

Edmilson fez referência ao fato de todos os dias surgirem dados novos sobre o esquema de corrupção na Alepa, o que tem exposto muito o Poder Legislativo à uma imagem negativa junto à sociedade. O deputado destacou também que o povo não exige pressa em uma resposta, como afirmou Pioneiro, quando anunciou o pacote de medidas como alternativa à CPI. "A sociedade paraense exige, isto sim, seriedade, transparência e uma postura que não permita que o sentimento de impunidade prevaleça. Não creio que tudo isso possa ser resumido em uma suposta pressa em ver o caso esclarecido. Neste particular, a pressa conspira contra o objetivo de ver tudo – absolutamente tudo – investigado de forma transparente, com o estabelecimento das devidas responsabilidades, doa a quem doer", ressaltou.

O líder do PSOL reiterou, mais uma vez, que o pedido de CPI não está direcionado contra qualquer partido político ou ex-parlamentar ou parlamentar em exercício e nem mesmo pretende centralizar as investigações apenas na última gestão, já que os indícios apontam que o esquema já vinha sendo colocado em prática há várias gestões. "Faço, mais uma vez, um chamamento para que todas as bancadas possam refletir e, sem demora, decidir pelo apoio ao requerimento de instalação da CPI. Esse é o recado que temos ouvido dos mais diferentes segmentos sociais, inclusive de uma instituição de elevada credibilidade como é a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional do Pará, que manifestou oficialmente seu apoio e seu apelo para que a CPI seja instalada o quanto antes, como forma de resgate da autoridade e da legitimidade deste Poder", apelou o deputado.

Por fim, o deputado destacou que se for instalada a CPI, ela atuará em conjunto e em estreita parceria com os demais órgãos que já investigam o caso. "Serão desenvolvidas ações complementares entre si, cuja eficácia levará à completa elucidação da trama fraudulenta, com a devida identificação de todos os envolvidos. Isso é o mínimo que o povo do Pará espera de seus representantes. Não sejamos responsáveis por fraudar a confiança de tantos milhões de paraenses", concluiu Edmilson.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Educação Pública - PSOL exige PCCR para servidores da educação


Atuando mais uma vez em defesa dos trabalhadores da Educação, o professor e deputado estadual Edmilson Rodrigues, utilizou a tribuna da Assembléia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), nesta quarta-feira, 27, para protocolar uma moção de repúdio ao desrespeito à categoria. Para Edmilson o governo do Estado tem agido com completo desrespeito e descaso em relação à implantação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) dos profissionais da Educação.

O motivo do desagrado do deputado com o Governo é justamente a demora na implantação do PCCR, lei que foi aprovada pela Alepa no dia 2 de julho do ano passado. Ocorre que mesmo os artigos da lei que não precisavam de regulamentação ainda não entraram em vigor.

Outro alvo de repúdio do deputado é a atual proposta de reajuste salarial apresentada pelo Governo do Estado para os professores. Segundo denúncias do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (SINTEPP), o reajuste proposto pelo governo seria de apenas R$3,00 (três reais) para os servidores técnicos de nível médio e R$6,00 (seis reais) para os servidores de nível superior.

Como professor, Edmilson se mostrou inconformado com esta proposta, e a considerou um desrespeito com estes trabalhadores. “O Governo não está respeitando um direito fundamental destes trabalhadores, e a paciência está se esgotando”, declarou. O documento protocolado pelo deputado será enviado ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (SINTEPP).







Escândalo Nacional - Marinor repercute no Senado luta pela CPI na Alepa


Da Agência Senado

A senadora Marinor Brito (PSOL-PA) ocupou a tribuna, nesta quarta-feira (27), para defender a instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), com objetivo de apurar denúncias de fraudes na folha de pagamento daquela Casa.

Segundo a senadora, a proposta de criação de uma CPI para investigar o assunto, feita pelo deputado estadual Edmilson Brito Rodrigues (PSOL), deverá esclarecer o caso, dando as respostas que a sociedade espera.

- A instalação da CPI na Alepa e a correta apuração dos fatos são consoantes com o momento que vive a sociedade brasileira de se expressar para dar um basta na corrupção que é praticamente endêmica no país - disse.

De acordo com a parlamentar, a CPI na Alepa não deverá ser direcionada contra qualquer partido ou ex-parlamentar no exercício do mandato, nem se restringirá a analisar atos da gestão anterior, já que haveria indícios "fartos" sobre a longevidade do esquema criminoso instalado na assembleia.

Marinor pediu aos seus colegas de bancada paraense - Flexa Ribeiro (PSDB) e Mário Couto (PSDB) - para conseguir as assinaturas necessárias à criação da CPI.


Foto: Agência Senado



Passar a Alepa a limpo - Quem tem medo da CPI?

O deputado estadual Edmilson Rodrigues reforçou, mais uma vez, na manhã de ontem, 26, em seu pronunciamento em plenário a necessidade de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as fraudes na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). O deputado falou sobre as últimas denúncias feitas na imprensa e que apontam que domésticos eram usados como laranja no esquema que desviava cerca de R$ 1 milhão por mês dos cofres públicos. “É inadmissível que pessoas estejam morrendo sem atendimento médico por falta de condições nos hospitais públicos, enquanto uma minoria se apropria do dinheiro público. Isso precisa ser investigado a fundo”, defendeu Edmilson.
Movimentos sociais e sindicatos fizeram um ato público em protesto contra a corrupção denunciada na Alepa e fizeram a lavagem da escada em frente ao prédio. Os manifestantes tentaram entrar na sede do Poder Legislativo, mas foram impedidos de entrar pelos policiais, que fazem a segurança do órgão. Até viaturas da Ronda Tático Metropolitana (Rotam) foram acionadas para o local. A senadora Marinor Brito (PSol) chegou a ser barrada de entrar na sede da Alepa, mas o comando dos policiais da Casa intercedeu, pediu desculpas à parlamentar e a conduziu até o plenário, onde ela manifestou à imprensa seu apoio à instalação da CPI.
À imprensa, Edmilson ressaltou que quem tem medo da CPI e não a apóia precisa ser questionado pela população. “A bancada governista está se negando a assinar o requerimento de instalação da CPI. Mas do que eles têm medo?”, questionou o deputado. “Todos esses fatos que estão sendo investigados pelo Ministério Público Estadual (MPE) e Polícia Civil, a partir de uma solicitação minha precisam ser apurados a fundo porque teriam ocorrido há bem mais tempo, e não apenas na última gestão da presidência da Alepa”, concluiu o deputado.
Até o momento o requerimento proposto pelo deputado para a instalação da CPI conta com nove assinaturas, sendo uma do próprio Edmilson Rodrigues e oito da bancada do PT. O deputado João Salame (PPS) já divulgou na imprensa que assinará o requerimento, inclusive o PPS divulgou nota de apoio à CPI. Mas até o momento o documento ainda não foi assinado. A expectativa é de que até o final da semana o documento conte com essa décima assinatura, ficando faltando apenas quatro para a CPI ser instalada.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Pela ética na política - Movimentos sociais exigem CPI na Alepa

Deputado Edmilson fala durante o ato pela instalação da CPI da Alepa

Movimentos sociais não querem que a sujeira seja colocada embaixo do tapete



Fotos: Assessoria de Imprensa

Soberania Popular - "Somente uma CPI garantirá a apuração", afirma a OAB-PA



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Direito ao Trabalho - Edmilson defende chamada de concursados para a Sespa

Na manhã de hoje (26), o deputado Edmilson Rodrigues defendeu a imediata convocação de aprovados nos três concursos públicos da SESPA. Para o parlamentar do PSOL, não é possível concordar com a contratação de temporários para a área da saúde, fato que pode ser comprovado pela leitura do Diário Oficial do Estado.
"Se há servidores concursados, por que insistir na contratação de temporários?", questionou o líder do PSOL.

Veja a íntegra do pronunciamento:

Senhor Presidente,
Senhores Deputados,
Senhoras Deputadas,

É condição básica para um serviço público dotado de qualidade social, que o servidor público seja valorizado desde seu acesso aos quadros da administração. A regra constitucional que obriga a realização de concurso público para o provimento de cargos obedece, assim, a um dos mandamentos mais fundamentais consagrados na Carta Magna de 1988.
Por isso, nunca é demais apelar para que esta Casa se manifeste, mais uma vez, solidária com a justa demanda de milhares de concursados ainda aguardam convocação por parte dos mais distintos órgãos do Governo do Estado.
Recentemente, em 11 de abril, esta Assembleia Legislativa, através de requerimento de nossa autoria, realizou uma exitosa Sessão Especial para debater esse grave problema. A partir da luta encabeçada pela combativa Associação dos Concursados do Pará (Ascompa) foi possível obter vitórias parciais, com o compromisso firmado pelo atual governo de convocar imediatamente cerca de 1500 concursados, além de continuar, nos próximos meses, preenchendo outras vagas através da chamada de aprovados, com destaque para os certames cuja validade legal deverá ser concluída no presente exercício.
Ocorre, entretanto, que uma das áreas de maior importância para o povo paraense não tem recebido a atenção que de fato merece. Trata-se do setor da saúde pública, que foi contemplado com apenas 135 novos profissionais concursados, ao tempo em que, quase diariamente, o Diário Oficial do Estado registra a contratação de servidores temporários.
Ora, estão em validade três concursos na Sespa: C-87, C-131 e C-153, sendo este último para cadastro de reserva.
Pergunta-se: se há servidores regularmente aprovados, por que insistir na contratação de temporários?
O argumento muitas vezes utilizado de que a aprovação para o chamado cadastro de reserva não implica em direito de nomeação, acaba de cair por terra através de recente sentença do Supremo Tribunal Federal (STF), ao analisar um recurso do Estado de Santa Catarina. O voto do ministro Dias Toffoli no RE 581113/SC reconheceu direito subjetivo à nomeação em favor de todos os candidatos aprovados, conforme as vagas disponíveis, até o prazo final de validade do concurso, não importando se o concurso foi realizado para o preenchimento de vagas ou para cadastro de reserva.
Por uma questão de justiça, é imprescindível que o Governo do Estado reveja seu posicionamento e convoque todos os candidatos aprovados nos referidos concursos, cessando a nomeação de servidores temporários nesta área tão vital à sobrevivência do povo paraense.
Neste sentido, apresento esta MOÇÃO de apoio à luta dos concursados aprovados nos certames C-87, C-131 e C-153 da Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESPA), para que as vagas disponíveis sejam providas conforme estabelece o ditame constitucional.
Que o inteiro teor desta Moção seja enviado ao secretário de Estado de Saúde, Hélio Franco; à secretária de Estado de Administração, Alice Viana; ao Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Pará (SINDSAÚDE), à Associação dos Concursados do Pará (ASCOMPA) e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) secção Pará.


Palácio Cabanagem, 26 de abril de 2011.


Deputado Edmilson Rodrigues
Líder do PSOL

Na mira da mídia - Fraude na Assembleia Legislativa usava domésticos como "laranjas", diz O Liberal






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Reforma do Código Florestal - Cientistas pedem adiamento da votação na Câmara

Do Portal G1

Entidades que reúnem cientistas e acadêmicos de diversas áreas pediram nesta segunda-feira (25) o adiamento da votação sobre o novo Código Florestal, previsto para ir à pauta de votações do plenário da Câmara no começo da semana que vem.
De acordo com a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), não há "fundamento científico" nas mudanças propostas na legislação. Para as entidades, seria uma "tragédia" a votação na semana que vem com o texto como está.
"Será uma tragédia para sociedade brasileira. Espero que não seja votado. Nós estamos aqui trazendo a visão de 96 sociedades científicas, a elite da ciência brasileira. O que nós gostaríamos é de poder continuar contribuindo trazendo dados para a implementação de um código moderno, e não um documento que os dados da ciência mostram que está furado, está errado", disse Helena Nader, presidente da SBPC, durante lançamento do estudo "O Código Florestal e a Ciência - Contribuições sobre o diálogo", em um hotel de Brasília.

A matéria completa aqui.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A voz da sociedade - OAB declara apoio à CPI da Alepa

Edmilson Rodrigues e Jarbas Vasconcelos: OAB-PA apoia criação da CPI da Alepa



O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSol) reuniu nesta segunda-feira, 25, com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Pará), Jarbas Vasconcelos, para falar sobre a necessidade de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as fraudes na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) já amplamente denunciadas pela imprensa. A audiência ocorreu na sede da OAB, no Comércio, e o presidente da entidade manifestou o seu apoio à CPI. Uma nota de apoio deverá ser divulgada pela entidade até amanhã, 26.

Durante o encontro, o deputado Edmilson Rodrigues ressaltou que com a instalação de uma CPI, o MPE e a Polícia Civil não ficarão de fora das investigações. "As investigações da CPI não podem prescindir do apoio e colaboração desses dois órgãos, que atuarão como parceiros no trabalho para que as investigações possam ser feitas de forma profunda", disse o deputado. "O apoio de uma instituição como a OAB empresta credibilidade porque se trata de um órgão que está acima de interesses político-partidários, o que só legitima a luta em favor da CPI", destacou o deputado.

O líder do PSol, autor do requerimento que propõe a instalação da CPI, destacou também que MPE e Polícia Civil estão de parabéns pela operação realizada na semana passada e que resultou na prisão de quatro servidores da ALepa e no cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão, inclusive na casa do ex-presidente da Alepa, Domingos Juvenil e do deputado estadual Robgol.

Assinaturas para a CPI

Na sessão ordinária desta quarta-feira, 26, o deputado estadual João Salame (PPS) deverá oficializar seu apoio à instalação da CPI e assinar o requerimento. Com a assinatura dele somarão dez assinaturas, faltando apenas quatro para a instalação da CPI. "Estamos conversando com todos os deputados sobre a importância do próprio Poder Legislativo tomar as rédeas dessas investigações e resgatar a imagem da Alepa perante o povo", disse Edmilson, que espera conseguir a adesão dos demais deputados até o final da semana.



Foto: Assessoria de Imprensa

Baú de Imagens - MST: a rebeldia a serviço de um mundo justo e feliz

Educação Pública - PNE favorece interesses privados


Por Ivan Valente, deputado federal (PSOL-SP)

Passados dez anos do atual Plano Nacional de Educação, o balanço não é muito positivo. Apenas um terço das metas decenais foi cumprido e o PNE não serviu de base para as políticas governamentais das últimas gestões. A avaliação, compartilhada por especialistas, docentes e estudantes, foi um dos temas debatidos no seminário "O PNE e os desafios da luta em defesa da escola pública", promovido pelo Mandato do Deputado Federal Ivan Valente no último sábado (09/04), em São Paulo.

Luiz Araújo, mestre em Educação, assessor da bancada do PSOL no Senado e ex-presidente do Inep/MEC (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), lembrou que apesar de o Brasil ter incluído 97,6% das crianças de 6 a 14 anos e 74,8% das crianças de 4 e 5 anos na escola, apenas 18,1% das crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas. Os pobres são os menos incluídos e na maior parte em escolas comunitárias. Da mesma forma, apesar de 85,2% dos jovens de 15 a 17 anos estarem na escola, somente metade está no ensino médio. E o Brasil ainda tem mais de 14 milhões de analfabetos maiores que 15 anos de idade. "No ritmo em que andamos, segundo o IPEA vamos levar 20 anos para erradicar o analfabetismo no país", afirmou.

Em relação ao ensino superior, os números são ainda piores. Apenas 13,6% dos jovens estão matriculados. Este percentual é de apenas 7,7% entre os negros e a maioria das vagas estão concentradas nas regiões sul e sudeste e nas escolas particulares.

"O MEC tem que apresentar a avaliação do Plano Nacional de Educação anterior, pelo qual foi co-responsável, e dizer por que as metas não foram cumpridas", afirmou Lisete Arelaro, Diretora da Faculdade de Educação da USP.

O artígo na íntegra aqui.

domingo, 24 de abril de 2011

Na mira da mídia - Trezentos "fantasmas" na folha da Assembleia, diz O Liberal da A



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Belém, metrópole da cultura - Cine Olympia, 99 anos

No ano de sua fundação, o Cine Olympia em sessão de gala

Anos 20, em fotografia tirada do elegante terraço do Grande Hotel

Nos dias atuais, mantido vivo pela pressão dos movimentos culturais


Há 99 anos, fundado por Antônio Martins e Carlos Augusto Teixeira (proprietários do Grande Hotel, localizado onde atualmente está o Hilton), nascia o Cinema Olympia, marco de uma Belém que àquela época já era vanguarda no mundo das artes.
Hoje, o Cine Olympia é a mais antiga sala de exibição em funcionamento no país.
Em 2006 esteve ameaçado de extinção, como tantos outros cinemas que desapareceram nas últimas décadas. A mobilização dos movimentos culturais, felizmente, conseguiu obrigar a Prefeitura a manter o cinema em funcionamento.
Rumo a 2012, centenário deste patrimônio cultural de todos os brasileiros!
Vida longa ao Cine Olympia!


Fotos: Cinema no Tucupi, de Pedro Veriano (Secult, 1999) e Assessoria de Imprensa/PSOL

Reportagem - Eldorado do Carajás: veias abertas


Do Vi o Mundo


A repórter Manuela Azenha esteve recentemente em Eldorado dos Carajás, no Pará, para uma série de reportagens sobre a herança deixada por um dos incidentes mais brutais da disputa pela terra no Brasil. A seguir, o primeiro de uma série de relatos:

Era semana de festa no assentamento 17 de abril. Ainda que para homenagear as vítimas do massacre de Eldorado dos Carajás, um dos episódios mais trágicos na história do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o clima era de confraternização e os convidados, recebidos com alegria.

O assentamento leva o nome da data do massacre, que ocorreu a 21 quilômetros dali, quinze anos atrás. Em marcha rumo a Belém, mais de mil sem-terra reivindicavam a desapropriação do complexo Macaxeira, terreno que hoje o assentamento ocupa. O ato culminou na morte de 19 camponeses, executados pela Polícia Militar em operação ordenada pelo governador Almir Gabriel (PSDB) e reforçada pelo secretário de Segurança Pública, Paulo Sette Câmara, que autorizou o uso da força policial para retirar os manifestantes da rodovia.

Os sem-terra reagiram às bombas de gás lacrimogêneo com paus e pedras, ao que a PM respondeu disparando tiros. Segundo a perícia, no entanto, a maior parte das mortes ocorreu instantes depois do enfrentamento, quando os manifestantes já estavam rendidos. Fora os mortos, cerca de 70 manifestantes foram gravemente feridos e mutilados por armas brancas utilizadas pela polícia. Dos 154 policias denunciados pelo Ministério Público, apenas dois foram condenados: o coronel Mario Collares Pantoja e o major José Maria Pereira. Ambos aguardam em liberdade o fim do processo.

Desde então, o mês da tragédia é chamado de abril vermelho e tornou-se principal período de lutas e ocupações do MST.

Durante os dias da semana do 17 de abril, foram organizadas oficinas de artes, plenárias e debates. Na praça central do assentamento, houve shows de música todas as noites. Foi inaugurada a biblioteca José Saramago, com fotos de Sebastião Salgado decorando as paredes. Saramago fazia parte da grande rede informal de apoiadores do MST no mundo, que inclui de Chico Buarque ao grupo Rage Against the Machine, do fotógrafo Salgado ao linguista Noam Chomsky.

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Mandato em Movimento - Ao lado dos moradores da Cremação, em apoio à cultura popular

Edmilson discursa durante a festa popular de Malhação do Judas, na Cremação, em Belém (22/04)


Foto: Assessoria de Imprensa

sexta-feira, 22 de abril de 2011

"Big Brother" - Vídeo agrava crise na AL, diz Diário do Pará



Para ter mais detalhes da matéria de capa do Diário do Pará, clique sobre a imagem ou acesse o Portal Diário On Line (DOL).

Belém, 400 anos - Rua João Alfredo, em três tempos




Rua Conselheiro João Alfredo, no coração do centro histórico de Belém, uma das mais representativas áreas do rico patrimônio da cidade quase quatrocentona.
De cima para baixo: época de ouro da "Belle Époque", com o bonde elétrico cortando seu traçado, a João Alfredo - antiga rua dos Mercadores - era ponto de encontro do comércio elegante e sortido da pequena "Paris tropical"; nos anos 60, após algumas décadas de lenta decadência, a via permaneceu com garnde importância econômica e social. O passeio nas tardes de sábado era uma tradição de gerações que se acostumaram a frequentar esta área nobre. Era mais quem não dispensava dar uma volta "lá embaixo", como se dizia à época. E, finalmente, o presente de descaso e abandono.
Prédios seculares vêm abaixo, vítimas de uma explosiva combinação de desleixo público e privado. A queda de mais um casarão na madrugada desta quinta-feira (21) é abre uma ferida na memória de uma metrópole que precisa reagir ao quadro de desmonte criminoso a que está submetida.
Para ver as imagens em detalhe, clique sobre elas.



Fontes: Fotos da rua João Alfredo: (1) cerca de 1900 (Álbum "Belém da Saudade", Secult, 2a edição, 1998, citado Oswaldo Coimbra, "Crônicas dos "jovens de 1886" - A origem dos fundadores da primeira escola de engenharia do Pará, Prêmio Literário Barão de Guajará - Crônicas, Academia Paraense de Letras, 2009); anos 60 (Belém - Estudo de Geografia Urbana, Antônio Rocha Penteado, UFPa, 1968); dias atuais (Shirley Penaforte, O Liberal, 22.04.2011, Caderno de Polícia, P1).


Contagem Regressiva - CPI da Alepa recebe adesão


O Partido Popular Socialista (PPS), reunido ontem (21), resolveu apoiar a formação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes na Assembleia Legislativa. O deputado João Salame, único representante da legenda na Alepa, deverá assinar o requerimento proposto pelo deputado Edmilson Rodrigues (PSOL) na próxima segunda-feira.
Agora, faltam apenas quatro assinaturas para que a CPI seja instalada e comece a trabalhar imediatamente.
Clique na imagem para ampliá-la. A matéria completa aqui no Portal ORM.

Maré de Resistência - Promotores exigem que Norte Energia respeite ribeirinhos e agricultores


Em ação conjunta, procuradores da República e promotores públicos de Altamira asinaram recomendação para que a empresa Norte Energia respeite os direitos de agricultores e ribeirinhos na área onde pretende construir a usina de Belo Monte.
Segundo denúncias formuladas na audiência pública do Senado, realizada no último sábado (16), e que contou com a presença do deputado Edmilson Rodrigues (PSOL), representantes da empresa estariam recorrendo a "ameaças e coações" para obter assinatura em documento que permite acesso à casa de moradores, o que configura crime (art. 147, do Código Penal Brasileiro).
Para ler a íntegra da Recomendação, clique aqui.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Entrevista - Edmilson considera CPI irreversível


Para ler melhor, clique sobre a imagem para ampliá-la.

A hora é agora - Luta pela CPI ganha espaço na mídia paraense

Edmilson no programa de Claiton Palmeira, na rádio Marajoara



Em entrevista ao SBT Pará (Canal 5), mais denúncias contra a quadrilha que assaltou os cofres da Alepa



Fotos: Assessoria de Imprensa

CPI da Corrupção - Edmilson fala ao JL 2 da TV Liberal

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Humanos Direitos - PSOL denuncia extermínio de jovens no Pará


A violência no estado entrou em pauta na Assembléia Legislativa durante o pronunciamento realizado pelo deputado Edmilson Rodrigues na última terça-feira, 19. Ele citou os dados do relatório “Letalidade de Jovens e adolescentes no Pará”, divulgado pelo Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca – Emaús), que aponta que, dentre os 100 municípios mais violentos do país, nove fazem parte do território do Estado do Pará: Marabá, Ananindeua, Tailândia, Parauapebas, Marituba, Tucuruí, Belém, Paragominas e Castanhal.
O deputado destacou a realidade cruel que este fenômeno estabeleceu em nosso Estado. “A violência no Pará é uma realidade dramática, que está cada vez mais presente e atingindo a todos. E ela escolhe cor, idade e classe social para se manifestar com maior rigor e brutalidade”, disse Edmilson, destacando que a maior parcela da população que sofre com a violência é constituída por jovens, negros e índios.
Edmilson criticou os métodos racistas da prática da violência, principalmente homicídios contra os negros. “Chama a atenção o fato de que os negros têm três vezes mais chances de serem assassinados do que os brancos, mostrando o quanto os negros continuam sendo apenados por uma estrutura social altamente racista, excludente e preconceituosa”, destacou.
O deputado cobrou uma postura séria do Estado, a fim de sanar de uma vez por todas este problema. “Para romper de uma vez por todas este círculo vicioso perverso é indispensável que o Estado adote uma atitude séria e comprometida com a população, investindo em políticas públicas de prevenção e oferecendo oportunidades de educação, cultura e emprego à juventude paraense”, ressaltou.
Ao final, o deputado demonstrou firmemente seu apoio à parcela da população paraense que sofre com a violência. “O povo paraense, dotado de extraordinária capacidade de resistência, quer e exige uma vida melhor. E, nessa luta, sempre poderá contar com a firme e ativa solidariedade do PSOL”, concluiu.

Ética na política - Edmilson defende CPI na Alepa

Vergonha Nacional - Pará é campeão de mortes no campo em 2010


Os dados são da Comissão Pastoral da Terra (CPT): o Pará liderou a macabra estatística de mortes no campo em 2010. Foram 18 assassinatos ocorridos em conflitos no interior paraense, dobrando o número do ano anterior.
Além do expressivo crescimento das mortes pela posse da terra, a CPT aponta para um salto nos conflitos pela água, com um crescimento de 93% entre 2009 e 2010. Esse fato revela os fortes impactos socioambientais da política hídrica do governo federal, fonte de desrespeitos aos direitos humanos de ribeirinhos, povos indígenas e sertanejos.
No Brasil, o relatório aponta 33 mortes, com um aumento de 30% mesmo com uma estabilização do número de conflitos.
A publicação "Conflitos no Campo Brasil 2010", em pdf, pode ser obtida aqui.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Corrupção na Alepa - Operação do MP fortalece a luta pela CPI

Edmilson concede entrevista ao vivo à TV Liberal



Operação realizada na manhã desta terça-feira, 19, pelo Ministério Público Estadual (MPE) e Polícia Civil, que investigam indícios da participação de 12 deputados estaduais em fraudes em empréstimos na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) repercutiu naquela casa. O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSol), que propõe a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as fraudes, lamentou o constrangimento a que todos os servidores do Poder Legislativo estão passando. "Tudo isso poderia ser evitado porque com a CPI seria o próprio Poder Legislativo conduzindo as investigações, e não algo de fora para dentro", disse o deputado. "Ao mesmo tempo, parabéns ao Ministério Público Estadual e à Polícia Civil pela seriedade na ação de buscar provas e coibir o crime", acrescentou.

A operação contou com a participação de 12 promotores de Justiça do Grupo Especial de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas (Geproc) e do delegado da Polícia Civil, Rogério Morais, que cumpriram quatro mandados de prisão provisória contra servidores da Alepa, além de 12 mandados de busca e apreensão, incluindo um na casa do ex-presidente da Alepa, Domingos Juvenil. O grupo investiga, entre outras coisas, indícios da participação de 12 deputados estaduais em fraudes em empréstimos na Casa.


Edmilson declarou que a devassa que está sendo feita na Alepa, com investigações sendo feitas pelo MPE, Polícia Civil, Receita Federal e Ministério Público Federal abalam a imagem do Poder Legislativo do Pará, que é um dos pilares da democracia. "Ressalto que é mais digno ao Poder Legislativo criar a CPI e conduzir essas investigações, num ato de transparência e de recuperação da imagem desta Casa", destacou.



Quem tem medo da CPI?



Para o líder do PSol todo essa desmoralização está ocorrendo porque a bancada do governo não está querendo a criação da CPI. "Acreditamos que esses novos episódios fortalecerão a necessidade de uma CPI e que outros deputados estaduais assinarão o requerimento porque assim como nós querem ver os fatos esclarecidos e os culpados punidos porque não é justo que todo o Poder Legislativo e servidores honestos, que vivem e sustentam suas famílias com o trabalho que prestam a essa casa, também sejam constrangidos por esses fatos", ressaltou o deputado.

Segundo Edmilson, o deputado João Salame (PPS) se manifestou pessoalmente favorável à CPI. Salame disse que irá conversar com o seu partido antes de assinar o documento. "Esperamos que outros deputados também assinem o requerimento e esta casa possa tomar as rédeas dessas investigações, fazendo-a de forma profunda para limpar a imagem do Poder Legislativo Estadual", concluiu o deputado.

Prisões



Durante a operação, três servidores foram detidos durante a operação. São eles: Jorge Moisés Caddah, Semmel Charone Palmeira e Daura Irene Xavier Hage. Eles foram levados para a sede do MPE, onde prestam depoimento ao delegado Rogério Moraes, que preside o inquérito, pela DIOE (Divisão de Operações Especiais da Polícia Civil). A quarta servidora, Euzilene Maria Lima Araújo, não foi encontrada pela manhã mas foi conduzida por seu advogado, às 16 horas, para prestar depoimento e depois foi encaminhada ao Batalhão do Corpo de Bombeiros, onde ficará detida junto com as outras três servidoras.

Um dos mandados de busca e apreensão cumprido na operação foi na casa do ex-deputado estadual José Robson do Nascimento, o Robgol. Em sua residência foi encontrado quase meio milhão de reais em espécie e uma quantia de R$ 40 mil em vale-alimentação. Também foram encontrados na casa de Daura Irene Xavier Hage R$ 23 mil em espécie e cerca de R$ 10 mil em vale alimentação da Assembleia Legislativa, além de muitos contra-cheques de terceiros.

Depoimento - A ex-servidora da Alepa, Mônica Alexandra da Costa Pinto, apontada como sendo a principal envolvida no esquema de fraude em empréstimos bancários naquela Casa legislativa, não foi presa e nem prestará depoimento à polícia porque segundo informou o advogado dela, Luciel Caxiado, ela está protegida por habeas corpus. O depoimento dela estava marcado para acontecer na tarde desta terça-feira (18), na Dioe.

Histórias Brasileiras - Júlia Pereira da Silva, sobrevivente do massacre de Eldorado

Júlia Pereira da Silva, sobrevivente do massacre, em Belém
Foto: Tarso Sarraf/Folhapress

Da Folha de São Paulo

MINHA HISTÓRIA JÚLIA PEREIRA DA SILVA, 64

Não tiro o massacre da cabeça


[Em Eldorado do Carajás, no Pará, policiais] soltaram bombas e todo mundo saiu correndo Aí senti aquele baque: pá! A bala já tinha entrado no meu pescoço. Fiquei tonta, mas continuei a puxá-lo [o marido] Hoje, quando vejo um policial, me dá ódio. Fica um trauma

RESUMO
Júlia Pereira da Silva, 64, levou um tiro no pescoço durante o massacre de Eldorado do Carajás, há 15 anos, e perdeu o marido. Francisco Divino da Silva não está na lista dos 19 sem-terra que morreram na rodovia PA-150, na curva do "S". Morreu meses depois, em Belém, no dia em que seria operado para tratar os ferimentos a bala.

FELIPE LUCHETE
DE BELÉM

Fiquei viúva sete vezes. Uns morreram de doença, um de acidente de carro, outro brigou na rua. O último marido foi o Francisco, que morreu por causa do massacre. Ele tinha 52 anos, a gente estava junto havia 12 e tinha uma filha adotiva de 9.
A gente morava em Curionópolis, perto de Carajás. Quando o pessoal do MST chegou procurando gente para fazer parte do movimento, fizemos o cadastro. Pagávamos aluguel e queríamos uma terrinha para morar.
Em 1996, fomos para a fazenda Macaxeira. Éramos mais de 5.000 pessoas, e as casas eram barraquinhas cobertas de palha. Eu assistia a todas as reuniões do MST.
Um dia, o movimento decidiu ir para Marabá e depois para Belém, pedir assentamento da fazenda.
Antes do massacre, tive o mesmo sonho três dias seguidos. Eu e meu marido atravessávamos de barco um igarapé. De um lado era água, do outro, só sangue.
Por isso eu disse que não queria viajar. Ele falou que eu precisava ir, porque tinha que me cadastrar para conseguir um pedaço de terra.
Fomos todos caminhando. Foi a primeira manifestação de que participei com o movimento. Chegamos na curva do "S" e montamos barracas. O coronel Pantoja disse que ia mandar ônibus para levar a gente para Belém.

BOMBAS E FACÕES
Começaram a chegar vários ônibus, até a rodovia ficar toda tomada, para não ter por onde passar. De lá, desceu um monte de policiais. Eles soltaram bombas e todo mundo saiu correndo.
Depois, começaram a atirar para todo lado, só tinha neguinho caindo. Uns quatro sem-terra tentaram ir para cima dos policiais, com facões e pedaços de madeira.
Mandei minha filha correr para o meio do mato. Meu marido tinha ido para longe de mim e, quando vi, ele tinha levado dois tiros.
Eu saí doida, gritando. Ele foi baleado na cabeça e na nuca, rodou e caiu. Na hora em que fui pegá-lo, levei muita pancada de cassetete, mas saí arrastando o Francisco para fora da estrada.
Aí senti aquele baque: pá! A bala já tinha entrado no meu pescoço. Fiquei tonta, mas continuei a puxá-lo para não deixar que acabassem de matá-lo. Pedi socorro, enquanto o sangue escorria.
Saí gritando por minha filha. Ela correu para o mato, com medo, dizendo que não era eu, era minha alma.
Me ajudaram a levar o Francisco para uma casa. Lá, dei banho e lavei a cabeça dele com água morna e sal.
No mesmo dia -fraca, ainda sangrando-, consegui carona para levá-lo ao hospital de Curionópolis. De lá, ele foi para Marabá.
O Francisco ficou internado um tempo, até que o hospital falou que tinha que ir para Belém, não ia ter jeito.
Arranjei dinheiro para pegar ônibus até Belém e deixei minha menina na casa da minha irmã. Vim com meu marido deitado nas minhas pernas, ainda consciente.
Ele foi para a Santa Casa e morreu no dia da operação. Era aniversário dele.
Depois disso, fui operada no pescoço, mas ainda sinto uma dor que fica queimando.
Quando voltei para a cidade, minha filha não estava mais na casa da minha irmã. Minha sobrinha tinha colocado a criança para se prostituir e se juntar com um cara.
A menina ficou com esse homem e depois engravidou. Desde então, já teve oito filhos, de três pais.
Há uns sete meses, fui para Belém, porque nosso advogado pediu a presença dos sobreviventes. Dois dias depois que voltei para a 17 de Abril, que era a fazenda Macaxeira, o namorado da minha filha levou nove vagabundos para a minha casa.
Eles queriam matar um dos meus netos, porque tinham rixa com ele, e falaram: "Vamos levar tudo o que ela tem". Achavam que eu tinha recebido indenização do massacre, mas não.
Nesse dia, resolvi ir para Tucuruí. Lá moram seis filhos meus, de outros casamentos. Vivo com dois netinhos. Recebo pensão de R$ 304 e Bolsa Família de R$ 40 para um neto.
Não tiro o massacre da cabeça. Ele acabou comigo. Eu era bem forte, não magricela assim. Meu marido era muito bom, não faltava nada.
Hoje, quando vejo policial, me dá ódio. Sei que não são todos assim, mas eles me lembram aqueles do massacre. Fica um trauma.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Direito à Cidade - Sessão Especial debate a ocupação desordenada do solo em Belém

O solo urbano deve responder a interesses sociais, defendeu Edmilson (Foto: Assessoria PSOL)


Debater a ocupação do solo e suas consequências para a qualidade de vida em Belém. Esse foi o objetivo da Sessão Especial ocorrida na manhã desta segunda-feira, 18, que também debateu os problemas relacionados ao desabamento de um edifício da construtora Real Class, em janeiro deste ano, na capital. As duas sessões especiais foram unificadas e realizadas no auditório João Batista, da Assembléia Legislativa do Estado do Pará (Alepa).
Arquiteto com doutorado em Geografia pela Universidade de São Paulo (USP), o deputado estadual Edmilson Rodrigues falou sobre a importância da ocupação do solo promover melhoria de qualidade de vida para todos. "É importante que todos saibam que o uso do solo urbano tem que responder a interesses sociais, inclusive o direito de ir e vir", destacou.
De forma técnica e bastante crítica, o deputado falou da preocupação com a possível aprovação pela Câmara Municipal de Belém (CMB) de um projeto de lei que pretende contribuir para a construção de "espigões" na cidade, beneficiando a especulação imobiliária e dificultando ainda mais a vida da população em Belém. "A preocupação é que se esse projeto for aprovado, Belém estará inviabilizada e promovendo o caos", alertou o deputado sobre o projeto de lei enviado à CMB pelo prefeito de Belém, Duciomar Costa.
O deputado disse, ainda, que os cidadãos da cidade devem agir como fiscais das grandes obras, para garantir que não haja nenhuma irregularidade. “A sociedade deve fiscalizar as obras. Se os órgãos públicos aprovarem projetos à revelia da lei, eles estarão cometendo um crime”, ressaltou.


Mandato em Movimento - Ao lado do MST, pela Reforma Agrária e contra a impunidade



17 de abril, 15 anos do massacre de Eldorado do Carajás. Ato público, em Belém, lembra os mártires da luta pela Reforma Agrária e lá estava o PSOL, através de seu líder na Assembleia Legislativa, deputado Edmilson Rodrigues.


Fotos: Assessoria de Imprensa

Força do Povo - Dorinha vence eleição para Conselho Tutelar do DAICO


Maria Doraci da Silva Souza, a Dorinha, foi eleita na última sexta (15) conselheira tutelar do Distrito Icoaraci (DAICO), com a expressiva votação de 478 votos, vencendo candidaturas que usaram e abusaram do poder econômico e da manipulação ilegal da máquina da Prefeitura.

Dorinha é estudante de pedagogia e presidenta do Centro Comunitário São Paulo, em Icoaraci.

Parabéns aos companheiros e companheiras que fizeram valer a força do povo.

Memória - Que tal um passeio pela história de um povo que não se rende?





CUBO MÁGICO

Segure-se.

Com as duas mãos, sem medo, agarre a crina e galope através do tempo.

Névoa. Céu cinzento. Grávido de tempestades.

Entardecer, lusco-fusco cobrindo a mata.

Na curva do S, Eldorado, sonho e perdição.

A fuzilaria não tarda a começar.

Soldados arcabuzeiros, bombardas e canhões.

Sobre o asfalto, sangue. Muito sangue.

Em meio à gritaria horrenda, um rosto se destaca.

Cabelos ao vento, brancos, branquíssimos.

Ele, o principal, dirige os seus na luta desesperada.

Antes que a noite caia, Guaimiaba, chefe guerreiro, será dominado.

O laudo oficial dirá que levou quatro tiros. Todos mortais.

Um atingiu a cabeça, de trás para frente.

Outro estraçalhou sua testa, pelo lado direito.

Por trás - sempre por trás, seus algozes acertaram seu pescoço, vida que se esvai.

E, sem misericórdia, um último tiro penetrou no lado direito do peito que não se entrega.

Era 17 de abril do ano da graça de 1996.

Ventania. Folhas ao vento.

A floresta se move, silenciosa, decidida.

- Quem vem lá?

- Quem vem lá?, gritou o vigia, tomado pelo mais espesso medo.

Começava o ataque derradeiro.

Nação Tupinambá em formação.

Carregam foices e paus.

Carregam bandeiras vermelhas.

Carregam, em seus alforjes esfarrapados, amuletos ancestrais, cânticos e coragem.

O forte do invasor, porém, não será tomado.

Da paliçada, em frente ao grande rio, protegidos, metralham.

Chumbo. Aço que tudo rompe.

Vidas partidas e lançadas, em pedaços.

A terra sentirá, como nunca, o peso das botas assassinas.

Oziel Alves Pereira, 17 anos, pele escura, cabelos longos, desafiantes.

Ele não se entregará. Mesmo diante da derrota iminente, é líder até o final.

Antes que a noite caia, Oziel, chefe da legião de homens livres, será dominado.

A soldadesca vai cercá-lo, em fúria.

Um tiro de arcabuz?

O canhão que cospe fogo e morte?

Uma punhalada pelas costas?

Pouco importa.

A ordem é clara: matar. Acabar com essa cambada.

Era 7 de janeiro do ano da graça de 1619.




Ilustração: Desenho de Edmilson Rodrigues (novembro 2002, Milano). "Marés do Céu" - Desenhos - Curadoria: Gileno Chaves. MABEU - Museu de Arte Brasil - Estados Unidos. Clique sobre a imagem para ampliá-la.

Tempo de recordar. Tempo de avançar - Belém: Cidade Saudável




De cima para baixo, algumas das principais realizações do governo Edmilson Rodrigues à frente da Prefeitura de Belém (1997-2004): a construção do Hospital de Pronto-Socorro do Guamá, o segundo em toda a história da cidade; a implantação da política integral da saúde da mulher, com a Casa da Mulher; e a construção da Unidade Municipal de Saúde do Tapanã, uma das demandas mais sentidas da população do distrito DABEN.