Mais uma vez o deputado estadual Edmilson Rodrigues usou a tribuna para criticar e se posicionar contrário à construção do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte. Dessa vez, o pronunciamento dele teve como motivador a carta de solicitação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), enviada na última terça-feira, 5, ao governo brasileiro, que explica que tal construção causará grandes impactos sócio-ambientais na área do projeto e que o Estado Brasileiro não dialogou com as populações indígenas e tradicionais da região.
Edmilson defendeu fortemente as comunidades da região do Xingu, principais afetados pelo projeto, e afirmou que a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) também precisa participar deste ato de defesa. “Esta Casa precisa firmar um posicionamento em favor dos povos do Xingu. Precisa, numa palavra, somar a sua legitimidade institucional ao amplo movimento cívico que mobiliza amplas parcelas da sociedade brasileira e, agora, ultrapassa nossas fronteiras, ganhando o respaldo de um órgão como a Organização dos Estados Americanos", destacou Edmilson, em seu pronunciamento.
O líder do PSol também não poupou críticas à nota publicada pelo Ministério das Relações Exteriores, que diz ter entrado em contato com as comunidades da região, principalmente a comunidades indígenas, para consultá-los sobre a construção da usina. “Quem possuir o mínimo de conhecimento sobre o longo, acidentado e desgastante processo de licenciamento de Belo Monte sabe que nada disso aconteceu”, disse o deputado. “Ainda há tempo para que se evite a tragédia sócio-ambiental representada por Belo Monte. Cabe a cada um, dentro de sua competência, assumir de forma corajosa e urgente sua responsabilidade nesse processo”, concluiu.
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