A queda do superintendente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Sérgio Duboc Moreira (PSDB), só reforça, ainda mais, a necessidade de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as fraudes na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). A avaliação é do deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL), proponente da CPI, que acredita que se o governador Simão Jatene (PSDB) avaliou como insustentável mantê-lo no quadro do governo é porque deve ter suas razões. "É fácil supor que o governador tenha convicção de que as suspeitas contra Duboc possam ter procedência. E por isso devem ser investigadas a fundo pelo Poder Legislativo, o que só será possível com a CPI", reforçou Edmilson.
Duboc foi indicado ao cargo de superintendente do Detran por seu padrinho político, o senador Mário Couto (PSDB). Ele também foi indicado pelo senador para ocupar o cargo de diretor financeiro da Alepa, quando Couto ocupava a presidência da Alepa, entre 2004 a 2006, tendo sido mantido na gestão de Domingos Juvenil (PMDB), que presidiu a Alepa de 2007 a 2010, período em que se concentram as investigações das fraudes pelo Ministério Público do Estado. Duboc tinha conhecimento das irregularidades e pode ter se beneficiado delas. No gabinete dele, no Detran, o MPE encontrou, durante operação realizada na semana passada, processos de licitação da Assembleia. Ele tende a ser um dos indiciados no processo a ser apresentado pelo MPE à Justiça.
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