domingo, 29 de abril de 2012

Belém, 400 anos - A utopia da terra sem males

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"IX

O homem conduz o sonho.
O sonho conduz o homem,
no rio que dá no outro rio
que dá noutros rios, que somem
no rio a sumir no rio,
que passa em seu próprio nome,
no qual o homem navega
enquanto navega o homem.

Palavra que acende lâmpadas
no rio do sono, o sonho
leva em suas águas quem sonha
que águas o levam. Estranho

encanto do ser, que pensa
que sonha, quando é sonhado...
Como quem olha o rio,
mas, pelo rio, vê-se olhado".

Arte Poética em O Ser Aberto (Barcarolas), João de Jesus Paes Loureiro - Obras reunidas, volume 2, Escrituras Editora, 2000.

Ilustração: Antiguos Duenos de las Flechas, 1982. SARUBBI, Valdir. Acrílica/tela (aerografia), 80 x 100 cm. Tempo Passado/Tempo Presente: Acervo do Museu de Arte de Belém. Belém: MABE/Ministério da Cultura, 1997.

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