quinta-feira, 19 de abril de 2012

Adeus ao amigo Valmir Bispo


Hoje, é o Dia Nacional do Índio. Ao ler os jornais e perceber a quase total ausência de programações voltadas à valorização das etnias indígenas, foi inevitável lembrar de Valmir Bispo. Ao dirigir a Fundação Curro Velho, ele provou que é possível ocupar postos de comando em órgãos públicos sem cair na armadilha da banalização da violência e do desprezo às vítimas estruturais da perversidade capitalista. Aliás, com o mesmo compromisso e brilhantismo, Valmir dirigiu a UNE e contribuiu com o Governo do Povo, que eu tive a honra de coordenar até 2004.

A notícia de sua morte entristece a todos que sonham e lutam para ver realizada a sociedade livre de todas as formas de exploração e opressão. Perde Belém, perde o Pará, perde o Brasil e a humanidade um dos seres humanos, cuja vida é símbolo de produção da beleza.

No último dia 17, durante o Seminário Belém 400 Anos, realizado no Hotel Sagres, tive o prazer de cumprimentar o meu companheiro de lutas e sonhos libertários enquanto me dirigia à plateia. Vai ficar, para sempre, em minha memória aquele sorriso e o brilho nos olhos de quem sempre soube o valor da vida.

Edmilson Rodrigues

Um comentário:

  1. Para se imortalizar, não é preciso ser membro de academia de letra e sim ter dignidade, caráter e histórias de lutas por causas justas. O saudoso Valmir Bispo é um exemplo e estará sempre vivo na memória de todos.

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