quinta-feira, 5 de abril de 2012

Na mira da mídia - Cordão humano interrompe acesso a canteiros de obras de Belo Monte


O trabalho nos cinco canteiros de obra da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), foi interrompido no começo da manhã de ontem por um cordão de trabalhadores e manifestantes de movimentos sociais insatisfeitos com a construção da usina e as condições de trabalho. Cerca de dez pessoas formaram um cordão na saída de Altamira para a rodovia Transamazônica que leva aos canteiros nos sítios Belo Monte, Pimental, Canais e Diques e às unidades de infraestrutura; e de porto e acesso. O cordão impediu a partida dos ônibus desde a madrugada (4h) até as 9h de ontem. O Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) não soube informar quanto do trabalho já foi retomado.

O presidente da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada (Fenatracop), Wilmar Gomes dos Santos, disse que o grupo responsável pelo protesto não tem representatividade na base dos trabalhadores (7 mil pessoas). “Fomos surpreendidos. É um movimento alheio aos trabalhadores”, defendeu.

Francenildo Teixeira Farias, operário do sítio infraestrutura (que constrói alojamento e refeitório) e apoiador do protesto ocorrido ontem, reclama do consórcio e da atuação sindical. “Eles estão falando a língua do consórcio”, disse, se referindo à Fenatracop e ao Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada (Sintrapav), em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia. A situação da obra da hidrelétrica foi tratada na tarde de anteontem no Palácio do Planalto, durante a instalação da Mesa Nacional Permanente para o Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Indústria da Construção, segundo Atnágoras Lopes, integrante da
Central Sindical Popular - Coordenação Nacional de Lutas (CSP-Conlutas). “Aproveitamos para denunciar [as más condições de trabalho]. O governo ficou de olhar de perto”, disse à Agência Brasil.

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Fonte: O Liberal (05/04/2012)

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