domingo, 4 de setembro de 2011

Governo do Povo: ajudei a construir - Escola Circo



A Escola Circo, uma das marcas da gestão Edmilson Rodrigues em Belém, foi reconhecida como um projeto eficaz no atendimento de crianças e adolescentes em situação de risco social. Não foi à toa que recebeu prêmios e que até hoje, mesmo depois de vergonhosamente desmontado pelo atual governo municipal, ainda é lembrado pela população como um exemplo de boa prática em favor da construção de uma Belém mais justa e feliz.
Com esta postagem, abre-se um espaço para o relato de experiência para aqueles que ajudaram a erguer, sob forte ataque por parte das forças anti-povo, as principais ações do Governo do Povo (1997-2004).
O artigo que inaugura a seção "Governo do Povo: ajudei a construir" é de autoria de Lana Patrícia de Lemos Alves, e pode ser lido na íntegra no Blog do João Carlos de Andrade.

Em 1997 na primeira gestão de Edmilson Rodrigues, havia um grande número de crianças e adolescentes trabalhando nas ruas, mantendo vínculo familiar, porém passando a maior parte de seu tempo trabalhando, disputando espaço com os adultos, sem as mesmas condições e perdendo a oportunidade de estudar, de aprender uma profissão, de viver seu mundo de criança e de adolescente, de estruturar sua inteligência, construir valores, crescer físico e mentalmente de forma saudável; comprometendo assim o seu futuro por não viver um presente que respeite sua condição peculiar de criança e adolescente em desenvolvimento.
Na era da introdução de novas tecnologias de informação e comunicação na educação básica, convive-se com problemas tão antigos quanto comuns: a inadequação da idade da criança ou do adolescente à série que se encontra, atraso justificado quase sempre pelo ingresso tardio na escola e, também, pelos altos índices de repetência e evasão escolar. Em regra, como comprova os dados trazidos pela pesquisa , são crianças e adolescentes oriundos de famílias de baixa renda, onde, desde a mais tenra idade, os filhos ocupam-se de tarefas domésticas e assumem grandes responsabilidades financeiras numa atitude considerada de apoio e ajuda aos pais como a si mesmo.
Este cenário chamou a atenção para a necessidade de uma ação imediata e direta dirigida ao contingente populacional de crianças e adolescentes que fazem das ruas seu espaço de vivência e convivência, trabalho e lazer, contingente este que demanda ações complementares, num trabalho conjunto entre diversas entidades do poder público e da sociedade civil organizada.

AÇÕES DO ESCOLA CIRCO NO RESGATE DE ALUNOS

O Projeto Escola Circo trazia em seu bojo uma combinação de ações que visavam diminuir o ônus social vivido por crianças e adolescentes, através de sua inclusão em atividades culturais e artísticas, em que eles possam conhecer e dominar os instrumentos da arte e da comunicação como forma de valorização pessoal e garantia de uma vida profissional futura, já que “a arte não possibilita apenas um meio de acesso ao mundo dos sentimentos, mas também ao seu desenvolvimento, a sua educação, constitui-se num estímulo permanente para que a imaginação flutue e crie mundos possíveis, novas possibilidades de ser e sentir-se ”.
A opção por inserir o Circo no Programa de Atendimento à Criança e ao Adolescente se fez pela natureza de suas atividades, e por constituir-se em um leque diversificado de ações em função de ser um grande teatro que possibilita integrar diferentes linguagens artísticas com liberdade e interação. A lona de circo ou espaço construído com estrutura semelhante à lona permitia maior contato com a natureza, melhor percepção da luz, das mudanças do tempo, da chuva, do vento, do amanhecer e permitia também a proteção. Neste espaço é possível ensinar, aprender, brincar, alimentar, sentir emoções, fazer amizades, crescer, integrar, criar, enfim, vivenciar os seus direitos.

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2 comentários:

  1. Conheci Manoel Amaral na luta diária por um mundo mais justo , pena ter partido tão cedo , sua história de luta é um exemplo um grande abraço socialista onde que r que você estaja Manoelzinho
    José coelho Belém

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  2. Belém precisa que projetos socioculturais como esses voltem para dar novas perspectivas para nossos jovens que estão se perdendo...

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