Em 2004, o Brasil comemorou os 180 anos da imigração alemã. Inicialmente patrocinada por Dom Pedro I, a colonização alemã tinha o objetivo de povoar regiões tidas como desabitadas no país. O sul parecia mais óbvio, pelo clima e por estar sujeito a invasões e conflitos com países vizinhos. A necessidade de soldados estrangeiros para o exército brasileiro, no entanto, apareceu logo cedo na lista de prioridades para o ingresso de homens de procedência germânica, experimentados em guerras no Norte da Europa.
No Pará, ainda nos fins do século XVIII, aparecem referências a alemães servindo em nome de D. Maria I, rainha de Portugal. A época era de trânsito entre súditos de várias Coroas em busca de proteção real nos empreendimentos ultramarinos - a exemplo de Gaspar Gronsfeld, companheiro de Landi na Primeira Comissão Demarcadora de Limites. Ao mesmo tempo, o desejo de descoberta do mundo pelo Aufklarung alemão colocou no epicentro dos debates acadêmicos de então o tema das viagens e da investigação do que aos poucos vai se chamar "espírito do povo". Parte da intelectualidade alemã acreditava que cada época da história tinha um valor peculiar e cada povo a sua forma especial de ser, sua própria alma.
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