A onda de assassinatos e de depredação de prédios da Segurança Pública nos municípios de São Sebastião da Boa Vista, no Marajó, e de Altamira, no Xingu, ocorrida no último final de semana, levaram o deputado Edmilson Rodrigues (PSOL) a apresentar requerimento para que o secretário de Estado de Segurança Pública, Luís Fernandes Rocha, explique as providências que estão sendo tomadas diante dessa grave crise de insegurança e violência.
O requerimento foi protocolado nesta terça-feira, 13, na Assembleia Legislativa do Pará.“Nas últimas 72 horas a sociedade paraense assistiu estarrecida a ocorrência de vários fatos que revelam a grave crise de insegurança e violência que toma conta de todas as regiões do estado”, justifica Edmilson no requerimento.
No sábado, 10, a população de São Sebastião da Boa Vista rebelou-se com o assassinato de Elson Matos, de 27 anos, por um policial militar. O 9º Batalhão da Polícia Militar e a delegacia foram depredados e saqueados. Outro episódio de barbárie ocorreu na segunda-feira, 12, quando 50 taxistas invadiram a Superintendência da Polícia Civil de Altamira para libertar um colega que estava preso acusado de participar do brutal assassinato de um adolescente de 17 anos. A vítima foi trucidada a golpes de pau, 17 facadas e teve o corpo atropelado várias vezes após ser dominado por taxistas revoltados com um assalto no qual o adolescente teria atuado.
Também na segunda-feira, houve mais uma tentativa de motim de presos no Centro de Triagem de São Brás, em Belém, onde 282 detentos estão amontoados no espaço destinado a no máximo 100 pessoas. “A crise da segurança pública é muito séria e profunda, cujas raízes estão fincadas numa estrutura social injusta. Como falar em diminuição da criminalidade no momento em que a população da capital e do interior vive aterrorizada, refém do medo e da mais completa insegurança? Como falar em melhorias nesta complexa área quando o que se vê é o fortalecimento das organizações criminosas voltadas ao tráfico de drogas, sem que as autoridades consigam esboçar uma mínima reação?”, critica Edmilson, no requerimento.
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