Os primeiros italianos que vieram para a Amazônia entraram nestas terras de braços dados com os portugueses, como profissionais qualificados nas artes e nas ciências da época. Foi gente como Antonio Giuseppe Landi, habilidoso riscador nativo da cidade de Bolonha e responsável por um dos capítulos mais importantes da história da arquitetura no Brasil e na América. O riscado de Landi na capital do Pará seria, no entanto, o eloquente preâmbulo de uma longa história de artistas que vieram a se somar a religiosos, educadores, empresários e trabalhadores.
Entre 1870 e 1930, ocorre o grande marco da imigração italiana para a Amazônia. Procedentes em grande parte da Sicília, Calábria e Potenza, no sul da Península, os italianos vieram para o Pará com seus próprios recursos e não em frentes migratórias incentivadas pelo Estado. Muitos se dirigiram primeiro ao interior e depois para a capital. Algumas famílias ganharam destaque na colônia, por sua inserção na vida social da comunidade.
A própria noção de comunidade é muito cara à colônia italiana no Pará. Muitas foram as sociedades recreativas e beneficentes criadas por estes imigrantes: Societá Italiana di Beneficenza, em 1912; Unione Italiana d' Istruzione e Mutuo Socorro, em 1919; Associozone Nacionale Combattenti, de 1923; Societá di Assistenza per Gli Italiani di Belém, de 1933; Casa da Italia, de 1939, e outras tantas.
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