segunda-feira, 28 de março de 2011

Solidariedade - Jovens palestinos lutam pela unidade nacional


Por Carmelle Wolfson, do Alternet| Tradução: Daniela Frabasile (do Site Outras Palavras)

Num grande painel com uma caricatura do presidente Barack Obama, pendurado em uma sacada sobre a praça Al-Manarah, em Ramallah, no dia 15 de março, podia-se ler: “Ele disse: liberdade para o povo da Tunísia. Ele disse: liberdade para o povo egípcio. Ele disse: liberdade para o povo líbio. Mas ele não se atreve a dizer liberdade para o povo palestino”.

Estimulada pela dinâmica das revoltas que se espalham pelo mundo árabe, a juventude palestina ergueu um acampamento de protesto no centro de Ramallah, em cidades na Cisjordânia e na faixa de Gaza, em 15 de março. Esse grupo de jovens ativistas, não alinhado politicamente, é incapaz de se reunir devido aos postos de controle do exército de Israel e aos muros. Estão se conectando por Facebook, Twitter e telefones celulares.

O movimento de 15 de março, como está sendo chamado, reivindica reestruturação do Conselho Nacional Palestino (CNP), convocação de eleições, liberação de todos os prisioneiros políticos em poder da Autoridade Palestina e do Hamas e a unificação nacional da Palestina.

Na semana passada, centenas de milhares de palestinos protestaram nas ruas da cidade de Gaza, e milhares na Cisjordânia. Logo em seguida, o presidente palestino Mahmoud Abbas, do grupo Fatah, anunciou planos para encontrar o líder do Hamas, Ismail Haniyed, em Gaza.

Uma das figuras-chaves do movimento de 15 de março é Fadi Quran. Junto com nove outros companheiros, ele fez uma greve de fome de quatro dias, às vésperas do protesto. Diz que o CNP não representa todos os palestinos, e que “sistemicamente levará a uma divisão”, como atual impasse entre o Fatah e o Hamas. Quran acredita que se Abbas e Haniyet se encontrarem, os líderes tentarão chegar a um acordo de partilha do poder, combinando posições e dividindo cadeiras entre os partidos.

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Foto: Outras Palavras/Le Monde Diplomatique

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