O deputado estadual Edmilson Rodrigues conseguiu mais uma assinatura para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A 11ª assinatura é a do deputado estadual Gabriel Guerreiro (PV), cujo partido já havia manifestado apoio à CPI. Embora inicialmente reticente, o deputado verde assinou e disse acreditar na força da comissão.
Agora, faltam apenas três assinaturas para que a comissão seja instalada. "Eu sou sempre otimista e acredito que conseguiremos todas as assinaturas necessárias e que conseguiremos conter a sangria das fraudes com o dinheiro público e punir os culpados, resgatando a imagem do Poder Legislativo junto ao povo", destacou Edmilson.
Gabriel Guerreiro justificou seu voto, fazendo referência à repercussão nacional que o caso teve, envolvendo seu nome e a imagem do partido que ele representa (PV). "Eu assinei principalmente porque fui citado em reportagem da revista Carta Capital como tendo um funcionário de meu gabinete envolvido no esquema de fraudes da Alepa. Mas tenho uma carreira política a zelar e também não posso deixar que o nome do meu partido (PV) seja atingido nacionalmente. Por isso, assinei e acredito que isso seja uma sinalização importante para mostrar que queremos as investigações e a punição dos culpados", defendeu Guerreiro, após a assinatura.
Para Guerreiro, mesmo que fique comprovado o envolvimento de algum ex-funcionário de seu gabinete, ele defende a punição, alegando que nunca foi conivente com fraude alguma. "Eu tenho quase 30 anos de vida pública e sete mandatos. Não vou deixar que isso seja maculado", disse o deputado.
Antes da assinatura de Guerreiro, o líder do PSol usou, mais uma vez, a tribuna do plenário da Alepa para exigir a instalação da CPI para investigar as fraudes na folha de pagamento e desvio de recursos da Assembléia Legislativa. Em seu pronunciamento, ele criticou, novamente, a postura adotada por alguns dos deputados, dizendo que eles sem comportam “como se nada estivesse acontecendo”.
Para Edmilson, se esta situação continuar como está, a postura dos deputados estará “jogando mais lenha na fogueira, aproximando a situação de um caminho sem retorno". O líder do PSol afirma que as suspeitas de fraude vão além do setor responsável pela folha de pagamento dos servidores. “Hoje, após as ações coordenadas pelo Ministério Público do Estado (MPE), é plenamente lícito supor que a rapinagem contaminou toda a gestão administrativa, atingindo, em grande medida, contratos e convênios, o que nos coloca diante de um escândalo sem precedentes em toda a história do Legislativo”, afirmou.
Edmilson destacou em seu pronunciamento o fato de alguns deputados alegarem que uma investigação realizada por outros órgãos seria mais isenta do que uma realizada também pela Assembléia. Para ele, as duas investigações devem ser realizadas juntas. “As investigações não são concorrentes, mas sim complementares entre si. A CPI vai complementar o trabalho realizado pelo Ministério Público”, disse.
O deputado, autor do requerimento que solicita a instalação da CPI, aproveitou para felicitar o apoio cedido pelas bancadas do PT e do PPS, que assinaram o pedido de CPI com o número total de seus representantes no plenário. O agradecimento se estendeu, mais tarde, ao PV, cujo representante, o deputado Gabriel Guerreiro (PV) também assinou o documento. Com este gesto, o deputado espera que outros se solidarizem com esta iniciativa. “Espero que até amanhã tenhamos mais uma ou duas assinaturas”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário