terça-feira, 17 de maio de 2011

Atrás das grades - Strauss-Kahn era o preferido dos EUA para presidir a França


Do site Ópera Mundi

O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, preso desde sábado (14/05) em Nova York, nos Estados Unidos, gozava de muito crédito e confiança dos diplomatas norte-americanos – fato pouco comum para um membro do Partido Socialista francês. É o que mostra um documento da embaixada dos EUA na França de maio de 2006 vazado pelo site Wikileaks.


O documento trata de um encontro de Strauss-Kahn com o então embaixador dos EUA em Paris, Craig Stapleton. O diplomata apontava o economista como o “candidato ideal” do PS para as eleições presidenciais francesas, que iriam ocorrer em abril e maio de 2007.

De acordo com Stapleton, o economista era o candidato socialista “com melhor preparo” para vencer Nicolas Sarkozy. Porém, o embaixador apontava que sua “falta de pretensão” poderia significar a “ruína” para seu projeto de poder. “Enquanto ele claramente se via como o homem certo para liderar França, também parecia relutante em bater o seu 'próprio tambor' e não foi preciso ao dizer o que faria caso fosse escolhido para ser o próximo presidente”, escreveu Stapleton.

Agora, no entanto, Strauss-Kahn se encontra preso na prisão da ilha de Rikers, acusado de sete crimes sexuais contra uma camareira em um quarto do hotel Sofitel, onde estava hospedado. Seus advogados alegam inocência. O escândalo chocou a França e ocupa todas as manchetes da mídia europeia.

Disputa interna

Strauss-Kahn fez uma série de críticas à sua então maior concorrente no partido, Ségolène Royal. Para ele, as pesquisas de opinião que a apontavam como favorita para vencer as eleições eram uma “loucura coletiva”. O economista fez questão de lembrar ao embaixador que, na França, era muito comum que os candidatos que lideravam as pesquisas no início da corrida presidencial acabavam derrotados.

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