A construtora Andrade Gutierrez foi a única empresa a apresentar proposta na concorrência pública internacional da prefeitura de Belém para implantação do projeto de Ônibus de Trânsito Rápido (BRT, da sigla em inglês), obra de R$ 430 milhões já aprovada pela Câmara Municipal e prevista para durar dois anos. Esse projeto prevê que ônibus sobre canaletas, com capacidade para 250 passageiros, percorram os corredores de tráfego das avenidas Augusto Montenegro e Almirante Barroso, indo até a estação final, no bairro de São Brás. Várias empresas que iriam participar do edital deixaram de apresentar suas propostas, como forma de protesto, denunciando que o edital foi direcionado para beneficiar apenas uma. O edital começou com 19 empresas. Só restou a Andrade Gutierrez.
Não foi à toa que no dia 27 passado, terça-feira, ao tomar conhecimento por uma fonte de que a concorrência era um jogo de cartas marcadas, o DIÁRIO publicou um anúncio no caderno de classificados Tem! que é uma mensagem cifrada, adiantando quem seria a eleita. O texto do anúncio, intitulado “Por uma Graça Alcançada”, dizia: “A fé alavanca as grandes obras do Senhor. DC ouviu tuas preces. AG, és a vencedora. Juntos, agora, multiplicaremos o pão nosso de cada dia. Feliz 02/01/2012. PB”.
Após a abertura de quatro alentados volumes e suas cópias, entregues por Edson Evangelista Marinho Filho e Edivaldo Corrêa Carvalho, representantes da construtora Andrade Gutierrez presentes no auditório da Secretaria Municipal de Administração (Semad), a presidente da Comissão de Licitação da prefeitura, Suely Costa Lima de Melo, anunciou que o trabalho estava suspenso para “análise criteriosa” dos documentos de habilitação.
A partir daí, ninguém tinha mais nada a fazer no pequeno auditório, onde havia apenas outros quatro representantes de empresas que desistiram da estranha licitação, a não ser observar a exaustiva rubrica, página por página, feita por integrantes da Comissão, nas mais de 1.500 laudas da massaroca apresentada pela construtora paulista. O DIÁRIO ainda fez uma provocação, indagando a uma das servidoras da Comissão se a Andrade Gutierrez podia ser considerada vencedora da concorrência. “Não, ainda vamos analisar a proposta”, respondeu Eunice Kikuchi.
Para ler a íntegra da matéria assinada pelo jornalista Carlos Mendes, clique aqui.
Que malandragem. Uma pergunta: A Andrade Gutierrez não é a mesma que está fazendo o Portal "inacabado" da Amazônia?
ResponderExcluirEnquanto o Duciomar lava a burra... Vi o Dep. Edmilson , ontem 02/01, dirigindo um fusca azul claro, acredito que ano/modelo 1968.
ResponderExcluirÉ por isso que o poeta tem razão : Fé na Vida, Fé no Homem, Fé no que Virá!
Será possível que não tem nada sério nesse desgoverno municipal? Quando o desprefeito não tá envolvido em escândalo de superfaturamento de obras, como o da Vila da Barca, ou desvio de recurso público(como os 34 milhões do Ministério das cidades), ele tá envolvido em fraude em licitação. Égua! E assim ele vai tocando o seu mandato, colecionando processos na justiça, se esquivando da cassação e vivendo impunimente, sob os olhos complacentes da justiça e dos órgãos fiscalizadores. Oh prefeitozinho largurento!!
ResponderExcluirDepois de colecionar mais de vinte procesos por desvio de verba e/ou improbidade administrativa, o famigerado e incorregível desprefeito apronta mais uma. Essa licitação fraudada para o tal ônibus de trânsito rápido é com certeza para fechar o seu mandato com chave de ouro e engordar o seu caixa dois. Afinal, processo para o destemido DUDU é troféu!!
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