Cerca de cinco mil pessoas protestaram nesta quarta-feira (18/01) em Jerusalém contra perseguição racial sofrida pela comunidade de imigrantes de origem etíope. Os manifestantes, entre eles centenas de etíopes de nacionalidade israelense, se concentraram diante do Parlamento (Knesset) entre cartazes que diziam "Negros e Brancos - Todos somos iguais", "Justiça social" e "Nosso sangue só é bom para a guerra".
A manifestação, que em seguida se dirigiu até a residência do primeiro-ministro, Benjamin Netayanhu, também contou com a participação de deputados da oposição e líderes do movimento “Indignados”, que em meados do ano passado desencadearam a maior onda de protestos da história de Israel.
O líder da oposição israelense, Tzipi Livni, também compareceu ao protesto, segundo a edição digital do jornal Yedioth Ahronoth.
Entre os manifestantes estava Mulet Araro, um estudante de 26 anos de origem etíope, que na última segunda-feira empreendeu uma marcha de 63 quilômetros de sua casa em Kiryat Malachi até Jerusalém para denunciar a discriminação que sua comunidade sofre.
"Acho que um pequeno grupo pode gerar uma mudança", disse Araro, que caminhou até Jerusalém acompanhado por outros imigrantes de origem etíope de sua localidade.
Na semana passada centenas de manifestantes protestaram em Kiryat Malachi por conta do racismo que existe contra os imigrantes etíopes.
Segundo os participantes do protesto, os proprietários de imóveis se negam a vender ou alugar apartamentos aos imigrantes etíopes. Diversos muros e automóveis com palavras de ordem e xingamentos são pichados contra eles com frequência.
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