domingo, 22 de janeiro de 2012

Belém, 400 anos - Cine Olympia, a mais antiga sala de exibição no país, completará 100 anos em abril

Sessão lotada no Cine Olympia, dezembro de 1912, poucos meses após sua inauguração

Vista do Cine Olympia do terraço do Grande Hotel (1920)

Sala de espera do Cine Olympia na década de 20: luxuosas instalações

Vista lateral do Cine Olympia na década de 20

Cinema Olympia nos dias de hoje: mobilização da sociedade impediu o fechamento em 2006


Olympia de Belém é considerado o cinema mais antigo em funcionamento no País desde que se considere que sempre esteve no mesmo lugar e não parou as suas atividades por muito tempo.
O Olímpia foi fundado no dia 24 de abril de 1912 pelos empresários Carlos Teixeira e Antonio Martins, donos do Grande Hotel (onde hoje está o Hilton Hotel) e do Palace Theatre (na mesma quadra). Eles queriam fazer do cinema um ponto “chique” para atrair os freqüentadores do Theatro da Paz e, obviamente, os hóspedes de seu hotel.Uma das atrações foi a colocação da tela logo na entrada, com os espectadores passando pelas laterais.

No fim dos anos 30 a empresa Teixeira & Martins não suportou os encargos financeiros e vendeu o cinema, e outros que controlava, ao banqueiro Adalberto Marques. Criou-se a “Cia. Cinematográfica Paraense Ltda”. Uma firma de vida curta. Em 1946 Marques vendeu todos esses cinemas ao exibidor cearense Luís Severiano Ribeiro, já dono de salas em diversos Estados.

Em 1953 os estudantes de Belém encabeçaram piquete para a reforma do Olimpia, bastante deteriorado na época. Severiano Ribeiro respondeu comprando um terreno na Av, Nazaré e anunciando que ali construiria o Cinema S. Luís “o maior do norte do Brasil”. Mas não só o novo cinema ficou nisso como o Olimpia permaneceu maltratado. Só em 1960, depois de inaugurado nove meses antes o cinema Palácio, é que recebeu os requisitos de conforto como poltronas estofadas e ar condicionado.

Saiba mais sobre a história do mais antigo cinema em funcionamento no Brasil, clicando aqui.

Fotos: Cinema no Tucupi, Secult/PA, 1999. Pedro Veriano

Nenhum comentário:

Postar um comentário