Os deputados voltaram a criticar em plenário o projeto Bus Rapid Transport (BRT) no plenário da Assembleia Legislativa do Pará, na sessão ordinária desta quarta-feira, 15. Os parlamentares, que já apontaram a falta de transparência da Prefeitura de Belém em relação ao projeto e questionaram a incompatibilidade doo BRT com o Via Metrópole, do governo do Estado, apontaram a ausência de recursos suficientes para custear os R$ 400 milhões do projeto municipal.
Em aparte, o deputado Edmilson Rodrigues (PSOL) reforçou que não há recursos suficientes no orçamento de Belém para bancar o BRT. “Para atender projetos fundamentais, os parlamentares têm que buscar recursos no orçamento federal. Ano passado, o governo federal cortou R$ 60 bilhões em investimentos e, este ano, pode chegar a R$ 80 bilhões”, ponderou.
O psolista voltou a criticar que o projeto foi elaborado sem a participação popular e que os cientistas em transporte e trânsito das universidades desconhecem o detalhamento técnico do BRT. “Só os técnicos da Andrade Gutierrez (empreiteira contratada em licitação suspeita de fraude) conhecem (o projeto). Há 20 anos a Jica (agência japonesa de cooperação internacional) se envolve em estudos sobre o trânsito de Belém. O ‘desprefeito’ (Duciomar Costa – PTB) deve promover um debate entre os entes federativos para chegar a uma conclusão sobre o BRT, sob pena de prejudicar a população”.
Edmilson e o deputado Celso Sabino (PR) estão organizando um seminário científico para esclarecer o BRT e discutir as incompatibilidades entre o BRT e o Via Metrópole. Já o deputado Carlos Bordalo (PT) conseguiu aprovar, na sessão da última terça-feira, 14, a convocação do diretor de obras do projeto Via Metrópole para explicar o abandono dessa obra.
Assessoria de Imprensa
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