Brigue Palhaço. Tela de Romeu Mariz Filho
"(...) os prisioneiros ensaiaram a fuga, mas as sentinelas alvejavam-nos pelas escotilhas quando os desgraçados, em desespero por causa do calor e do confinamento, acabaram se dilacerando uns aos outros da maneira mais desumana. A cena foi acompanhada por todos os horrores da morte por asfixia e, no outro dia, dos 253 só restavam quatro sobreviventes, que se haviam escondido atrás de um barril. Muitos outros episódios igualmente terríveis ocorreram durante as insurreições que se seguiram: milhares de prisioneiros se consumiram nas fortalezas até que a morte os viesse libertar. Diz-se que, a bordo do navio-prisão Xin-Xin, mais de três mil pessoas sucumbiram no curso de cinco ou seis anos".
Adalberto da Prússia, Aus meinem Reisetagebuch, trad. ing. Robert Schomburk e John Taylor. Travels of this Royal Highness Prince Adalbert of Prussia, 2, pp. 153-154. Accioli de Cerqueira e Silva, Corografia Paraense, pp. 223-224. Citado por John Hemming, Fronteira Amazônica: a derrota dos índios brasileiros, São Paulo, Edusp, 2009)
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