Hoje transcorre o 177º aniversário da Cabanagem. Foi nesta data que os cabanos tomaram Belém de assalto e estabeleceram o seu primeiro governo cabano. A Cabanagem é considerada a revolução popular mais autêntica do Brasil e, talvez, a mais sangrenta: ao longo de cinco anos, entre 1835 e 1840, morreram mais de 30 mil pessoas em combate na então Província do Grão-Pará.
A Cabanagem recebeu estadenominação porque a maioria dos seus militantes integravam as camadas sociais menos favorecidas e viviam em cabanas, às margens de rios como Capim, Acará, Moju e Guamá. Os historiadores ensinam que as raízes da Cabanagem estão na ideologias políticas que dividiam os paraenses e que se confundiam com um jacobismo exagerado, de uma virulência singular, que refletia um estado d’alma exaltado que, de resto, sacudia todo o Império.
Arthur Cezar Ferreira Reis afirma que as diferenças econômicas e sociais separavam profundamente os amazônicos desde o período colonial, diferença que se fazia sentir
no poderio dos estrangeiros (portugueses, basicamente) e na situação de penúria e de miséria em se encontravam os filhos da terra.
De fato, no início do Período Regencial, a população pobre do Grão-Pará vivia em péssimas
condições: mestiços e índios viviam na miséria total. Os cabanos, sem trabalho e sem modos
adequados de vida, sofriam muitos em suas choças. Revoltados com o abandono do governo central, os comerciantes e fazendeiros da região também estavam descontentes, principalmente
com a nomeação de Bernardo Lôbo de Sousa para a presidência da Província.
Para ler a íntegra do artigo de Antônio José Teixeira Soares basta clicar sobre a imagem.
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