É a sexta vítima no Estado do Pará desde maio desse ano. Valdemar Oliveira Barbosa foi assassinado a tiros por volta das 10 horas da manhã de hoje.
Hoje, por volta das 10hs da manhã, dois pistoleiros que trafegavam em uma moto de cor preta, com capacetes, assassinaram a tiros VALDEMAR OLIVEIRA BARBOSA, conhecido como PIAUÍ. Valdemar trafegava de bicicleta pelo bairro de São Félix, em Marabá, quando foi assassinado. Ele era casado e, atualmente, estava residindo na Folha 06, no bairro Nova Marabá.
Valdemar era sócio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Marabá, coordenou por vários anos um grupo de famílias que ocupava a fazenda Estrela da Manhã, no município de Marabá. Como a fazenda não foi desapropriada, ele voltou a morar em Marabá, onde ajudou a organizar uma ocupação urbana na Folha 06, bairro Nova Marabá, onde estava residindo.
Valdemar não desistiu de lutar por um pedaço de terra. Há mais de um ano passou a coordenar um grupo de famílias que ocupavam a Fazenda Califórnia no Município de Jacundá. No final do ano passado as famílias foram despejadas da fazenda pela polícia militar do Pará. Piauí não perdeu o contato com as famílias e ameaçava voltar a ocupar novamente a Fazenda.
De acordo com informações obtidas pela CPT, a Fazenda Califórnia está localizada a 15 km de Jacundá e, além de pecuária é envolvida com a atividade de carvoaria. Pistoleiros teriam sido contratados pelo fazendeiro para impedir uma nova ocupação do imóvel. O assassinato de Piauí pode ter ligação com a tentativa de reocupação da fazenda.
Até o momento a polícia não deu qualquer informação sobre a autoria do crime. Após o assassinato dos extrativistas José Cláudio e Maria do Espírito Santo, esse é o quarto trabalhador assassinado, somente no Pará, do mês de maio até agora com fortes indícios de que os crimes tenham sido por motivação agrária, ou seja, disputa pela terra. Após três meses, apenas os assassinatos dos extrativistas de Nova Ipixuna foi parcialmente investigado. Dos 6 homicídios ocorridos no estado nesse período, ninguém foi preso até o momento. O comportamento da polícia civil do Pará tem sido de investigar as vítimas e não os responsáveis pelas mortes, quando se trata de crimes no campo.
Mais uma morte no campo, dessa vez, a vítima foi o agricultor e líder de um acampamento, Valdemar Barbosa de Oliveira, de 54 anos, conhecido por 'Piauí'. Ele foi morto a tiros, na manhã desta quinta-feira (25), na Avenida Belém-Brasília, bairro São Félix, periferia de Marabá, sudeste do Estado.
Segundo informações da Polícia Civil, Piauí foi abordado por dois homens em uma moto quando chegava de bicicleta em um balneário conhecido por 'Geladinho'. Usando capacetes, os criminosos mandaram a vítima descer da bicicleta e atiraram à altura do rosto e do pescoço da vítima.
A principal suspeita é de que o crime tenha sido motivado pela ocupação da área do complexo da fazenda Califórnia, situada na zona rural de Jacundá, cidade próxima à Marabá. 'Piauí' era líder do acampamento de trabalhadores rurais denominado 'Califórnia', mesmo nome da fazenda em que estão assentados, de propriedade de Vicente Correa, contra quem a vítima já havia registrado denúncia de ameaça à DECA, em maio deste ano.
Ainda de acordo com a assessoria da Polícia Civil, um inquérito já foi aberto para apurar o caso, e será presidido pela Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá (DECA).
UM SONORO NÃO
ResponderExcluirÀ BELO MONTE
Antes de mais nada, esses versos
São pra dizer à Consciência Nacional
Que o verdadeiro Ordem e Progresso
Se principía no respeito ambiental
Dizer "não" à projetos impactantes
Que agridem os Filhos dessa Nação
É ser contra iniciativas degradantes
Que só trazem vantagens pra patrão
Belo Monte, projeto sujo faraônico
Irá produzir gás metano também letal
Ene vezes mais nocivo que o carbônico
Piorando mais o aquecimento global
E diante desse projeto degradativo
Povos da nossa amazônica região
Apresentam infinidades de motivos
Pra dizerem claramente sonoro "não"
Além dos desassossegos terríveis
Provocados por essa mega construção
Ela trará Impactos Irreversíveis
Nos rios, na fauna, na vegetação
Belo Monte um projeto tão perverso
Que agredindo os Movimentos Sociais
Já enfrenta toneladas de processos
Inclusive em Cortes Internacionais
Em torno do rio Xingu têm etnias
Gente linda, guerreira, de bem
Que vive sem aquela maldita mania
De tá cobiçando algo de alguém
Gente amiga dos rios, das matas
Ao contrário de uma raça chacal
Reacionária, nojenta, tecnocrata
Sanguessugas no Planalto Central
A gente do Xingu que hoje clama
Contra esse monte de complicação
Jamais se envolveu em mar de lama
do IBAMA, de cuecas, de mensalão
O próprio Xingu irmão dos ventos
Vive hoje cheio de preocupação
Vendo peixes, principal alimento
Com risco de diminuiçao, extinção
O Xingu das Comunidades Primitivas
Vê o governo negando a participação
De Lideranças Indíginas nas OITIVAS
"a obrigatória mesa de negociação"
Negando a participação de lideranças
A respeito da faraônica construção
Governo comete outra grande lambança
Contra os históricos donos desse chão
E a Estrela Vermelha que no passado
Foi tão defensora da causa ambiental
Hoje em caravana caminha lado a lado
Com empreiteiras companheiras do capital
Caminhando lado a lado com empreiteiras
Cujo compromisso é poluir, devastar
Tal Estrela comete as mesmas sujeiras
Políticas do período de regime militar
Ah, Vermelha, ex Estrela libertária
A poesia hoje tristemente te vê
Caminhando com gentalha reacionária
É uma pena que o poder cegou você
Os verdadeiros amigos do rio, da mata
Sabem que o belo monte de enganação
Longe de gerar energia limpa e barata
Irá levar super tarifa pra população
Aqui temos os maiores especialistas
Gente que entende de Constituição
E temos os nativos ambientalistas
Que sabem tudo sobre essa região
Gente que quer viver tranquilamente
No direito divino do USOCAPIÃO
E que é conhecedora perfeitamente
Dos riscos de catastrófica inundação
Que deixem o rio Xingu e suas matas
Lá no lugar devido, recanto da paz
E façam usinas onde o raio parta
Os gabinetes burocratas ministeriais
Que o IBAMA fiscalize as muitas tramas
em torno de si e dessa suja construção
e busque interferir nos rios de lamas
nas beiradas da negociata, corrupção
Jetro Fagundes
Farinheiro Marajoara