A tentativa de aposentadoria da servidora Rosana Barleta de Castro, envolvida nos escândalos de corrupção da Assembleia Legislativa do Estado (Alepa), foi denunciada pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL), durante a sessão ordinária da Casa de Leis, nesta terça-feira, 16. Rosana é ré em duas ações criminais, ajuizadas pelo Ministério Público do Estado, por participar de fraudes em licitações da Alepa e também da inclusão de funcionários fantasmas na folha de pagamento do Poder, que juntas somam o desvio de R$ 17 milhões. Ela também já teve os sigilos bancário e fiscal quebrados e os bens sequestrados pela justiça.
Para Edmilson, a não abertura dos procedimentos disciplinares, como determina o artigo 199 do Regime Jurídico Único, é uma "irresponsabilidade" da direção da Alepa. "Pelo que eu soube já existe um processo interno para que essa aposentadoria (de Rosana Barleta) seja efetivada", disse. A aposentadoria seria realizada proporcionalmente ao tempo de serviço da servidora. "Os servidores efetivos, que já respondem processo (como Rosana) podem estar sendo protegidos", destacou o deputado.
"É uma situação completamente indefensável para a Alepa, que em vez de buscar a apuração interna dos fatos, continua barrando a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), prejudica as investigações do Ministério Público do Estado ao não preservar a documentação referente aos ilícitos, como prova o desaparecimento de 55 licitações com indícios de fraude, e ainda surge esta informação de suposta proteção a uma das servidoras acusadas de participação no esquema criminoso que durante anos pontificou este Poder", criticou Edmilson.
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