sábado, 25 de junho de 2011

Sangue no campo - Um mês após o assassinato de ambientalistas, o desmatamento ilegal prossegue no Pará



Quanto vale a vida de uma liderança camponesa no Pará?
Muito pouco, quase nada.
Os consórcios do crime estão intactos, muito embora tropas federais tenham desembarcado na região para repetir um roteiro comum a outras tragédias igualmente anunciadas.
O governo do Pará, aliado de primeira hora do latifúndio e do agronegócio, finge que se move. Até agora, mais de 30 dias após as mortes, as investigações seguem sob estranho sigilo. Nenhum suspeito foi preso e mais assentados precisaram fugir diante da morte iminente.
O valor da vida humana é inversamente proporcional ao lucro que grileiros e desmatadores ilegais conseguem com os produtos da floresta que segue sendo destruída impunemente.
Em Nova Ipixuna, sudeste do Pará, um mês após o assassinato de José Cláudio e Maria do Espírito Santo a barbárie continua. O próprio Ibama admite a invasão da reserva extrativista Praialta-Piranheira por pecuaristas da região que intimidam famílias de assentados e extraem ilegalmente dezenas de árvores, inclusive de Castanheiras, em risco de extinção e que tem sua extração expressamente proibida por lei.
Veja reportagem de Fabiano Villela e Jorge Ladmar exibida nesta semana pela Rede Globo.

Um comentário:

  1. Isso, é só que se vai assistir daqui pra frente, se depender do governo local, porque historicamente os governos tucanos, aliados do latifúndio, do agronegóciio e das madeireiras, sempre foram omissos e lenientes em relação ao desmatamento e à violência no campo. POrtanto, é mais que urgente a intervenção federal na região.

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