O ex-militante e figura emblemática na luta pelos direitos humanos, o paraense Sebastião Hoyos, morreu de ataque cardíaco, aos 77 anos, em sua residência em Genebra, na Suíça. De acordo com informações de familiares, o corpo de Hoyos será enterrado em Santarém, onde nasceu, como era a sua vontade manifesta em vida.
O enterro deve ocorrer na próxima semana, quando for concluído o traslado do corpo, que já foi autorizado pelas autoridades competentes do país europeu. Sebastião morreu na última segunda-feira, 20, e foi encontrado em sua casa por um dos netos que residem na mesma cidade. A família do santareno está muito abalada e não quis dar declarações a respeito do falecimento.
Sebastião ganhou notoriedade no mundo inteiro nos anos 90, ao ser acusado injustamente de participar de um assalto a um banco da Suíça, no qual foram roubados R$ 31 milhões de francos suíços, moeda local. Ele era chefe de segurança da instituição, a União de Bancos Suíços (UBS), uma das maiores do segmento no país.
O militante comunista, que deixou o Brasil por perseguição política do regime militar a partir de 1964, chegou a cumprir quatro anos de prisão, dos sete a que foi condenado por cumplicidade no crime. No segundo julgamento a qual tinha direito, Sebastião Hoyos foi absolvido por falta de provas e vícios processuais da acusação.
Em ação movida contra o estado de Genebra por perdas e danos, em função do tempo que passou indevidamente na prisão, Hoyos recebeu R$ 150 mil francos de indenização e se tornou um símbolo na luta pelos direitos humanos.
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Fonte: O Liberal (25/06/2011, p. A9)
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