Edmilson buscou estabelecer um canal de negociação, mas não houve resposta do governo
Ao invés de negociadores, Jatene mandou o Pelotão de Choque da PM: truculência
Portões fechados: na SEDUC e no Palácio dos Despachos a categoria não encontrou nenhuma autoridade disposta a negociar a saída da greve
Revolta e decepção: a greve continua por culpa do governo
Centenas de educadores tomaram as ruas em defesa da educação pública de qualidade
Edmilson atendeu a imprensa: críticas à sentença judicial injusta e denúncia da truculência do governo Jatene
A comunidade escolar também participou do protesto
Edmilson recebeu o carinho de sua categoria: mandato de luta
O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) foi a única autoridade pública a se solidarizar à manifestação dos servidores da rede estadual de ensino, na manhã desta quarta-feira, 9. Ele participou ativamente da negociação com o corpo militar do Palácio dos Despachos para que uma comissão dos grevistas fosse recebida, mas a tentativa foi frustrada. Os portões do palácio e também da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) estavam fechados para os trabalhadores. Dezenas de policiais militares fortemente armados resguardavam os prédios. Mais uma vez o governo do Estado se fechou ao diálogo com os educadores, em greve há 44 dias.
Inicialmente, os trabalhadores seguiram em caminhada para a Seduc, interditando o tráfego na Rodovia Augusto Montenegro no sentido em direção ao distrito de Icoaraci. Diante da recusa em receber os grevistas e da informação de que o prédio havia sido previamente esvaziado, o grupo seguiu para o Palácio dos Despachos, onde, novamente, encontrou o prédio público fechado com corrente e cadeado e policiais militares prontos para reagir. Os dois lados da rodovia chegaram a ser fechados por cerca de meia hora a fim de pressionar que uma comissão fosse recebida no Palácio, mas não obteve sucesso. O deputado procurou acalmar a categoria, revoltada diante da ausência de disposição de diálogo por parte do governo do Estado.
Em entrevista aos jornalistas, Edmilson disse que o governador Simão Jatene era responsável pela greve: "O governador não quer pagar o piso nacional dos educadores, de R$ 1.187, não quer cumprir a lei federal que estabeleceu o piso e nem respeitar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o pagamento. Pequenos municípios, inclusive do Marajó, pagam o piso e o governo não.", reclamou. O deputado também criticou o juiz da 1ª Vara da Fazenda da Capital, Elder Lisboa, que determinou o fim da greve e deu 14 meses de prazo para o Estado pagar o piso: "O juiz afrontou a Corte Suprema do país. Como pode? ".
Edmilson defendeu que o Estado tem dinheiro para pagar o piso, já que, segundo estudo do professor Luiz Araújo, o acréscimo dessa despesa comprometeria 75% dos recursos para a educação. Além disso, o governo do Pará não está cumprindo a exigência constitucional de investimento de 25% do orçamento na educação. Sem falar que, este ano, o Executivo vetou a emenda do psolista ao Plano Plurianual (PPA 2012-2015) que reservava recursos para o pagamento do piso, assim como também vetou outras emendas da oposição.
Os trabalhadores decidiram liberar a rodovia e uma nova assembleia foi marcada para a próxima sexta-feira. A categoria permanece em greve.
Fotos: Assessoria de Imprensa
Não adianta esse governo não é comprometido com nenhuma categoria do Estado, parabéns a esse sindicato forte e atuante, que não se vende por cargos e enfrenta o governo de cara aberta, vocês serão lembrados por muitos e muitos anos, diferente do SINDPOL que não move uma palha e come no pires do governo, esses serão esquecidos para sempre.
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