Cerca de 500 militares cruzam fronteira com Kuait, encerrando guerra iniciada em 2003 contra Saddam Hussein
Em mensagem, Obama elogia o "sacrifício" de milhões de pessoas; 150 militares ficam para proteger a embaixada
Maya Alleruzzo/Associated Press | ||
Soldado americano fotografa o último veículo militar a deixar o Iraque em direção ao Kuait,marcando o fim do conflito |
DE TEERÃ
Os últimos soldados americanos no Iraque deixaram ontem o país, encerrando uma missão que durou quase nove anos e deixou pelo menos 119 mil mortos.
Um comboio de 110 veículos carregando cerca de 500 militares dos EUA cruzou a fronteira do Kuait pouco depois do amanhecer, no último ato do processo de retirada americana.
Em clima de euforia, muitos militares atravessaram a fronteira com os punhos erguidos em sinal de vitória e foram recebidos com abraços por soldados americanos estacionados no Kuait.
A saída ocorreu três dias após uma cerimônia em Bagdá, na qual a bandeira dos EUA foi descida e encaixotada, na presença do secretário de Defesa, Leon Panetta.
A retirada ocorreu dentro do prazo acordado entre Washington e Bagdá, que estipulava a data-limite de 31 de dezembro.
Ficarão no Iraque cerca de 150 militares americanos responsáveis pela segurança da embaixada dos EUA e pela coordenação com as forças de segurança iraquianas.
Em 2007, no auge da guerra contra grupos insurgentes, os EUA chegaram a ter mais de 170 mil soldados espalhados por 55 bases através do território iraquiano.
O fim da presença militar no Iraque era uma promessa de campanha do presidente Barack Obama, eleito em 2008, que ontem divulgou mensagem homenageando "o sacrifício de milhões de homens e mulheres".
Obama era senador estadual em Illinois quando se opôs à ofensiva em março de 2003 do presidente George Bush e líderes aliados contra o Iraque de Saddam Hussein sob o pretexto, que se revelou falso, de que Bagdá tinha armas de destruição em massa e apoiava a Al Qaeda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário