terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Avaliação - Passado o plebiscito, é hora de lutar por mudanças no Pará






O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) comemorou a vitória do "Não" no plebiscito do último domingo, 11, em pronunciamento na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), nesta terça-feira, 13. Dois terços dos mais de 7 milhões de habitantes do Estado rejeitaram a proposta de divisão do Pará para a criação das unidades federativas do Tapajós e do Carajás. Superada a tentativa divisionista, Edmilson conclamou a união das frentes políticas para superar o abandono que marca a população paraense, em todos os cantos do Estado, especialmente pela revogação da Lei Kandir, que isenta as operações de exportação de minério de pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), causando sérios prejuízos ao povo paraense.

"O voto majoritário contra a criação dos novos estados não pode ser entendido com uma aprovação ao atual quadro econômico e social em que vivemos. Da mesma forma, com a decisão do plebiscito não se está negando o profundo abandono que marca a vida da maioria dos paraenses, sejam os que habitam nas regiões mais distantes, sejam aqueles que moram na região metropolitana de Belém ou no Marajó", destacou ele, na Alepa.

Segundo o psolista, a tentativa de divisão era uma "grave ameaça de sangramento do território" paraense, que levaria quase a totalidade das riquezas do Estado, mas a proposta separatista se demonstrou "inconsistente" por frágeis argumentos técnicos e políticos. "Entretanto, as causas mais profundas que ensejaram este movimento divisionista estão aí a desafiar a todos que, de forma sincera, amam nossa terra e se dedicam a lutar por uma vida digna para todos os paraenses", alertou Edmilson.

Para ele, o saldo positivo do plebiscito foi a consciência de ampla parcela do povo acerca das profundas injustiças que marcam a realidade do Pará. "A constatação que tal quadro decorre de causas objetivas que estão vinculadas ao modelo de desenvolvimento predatório e excludente que há tantas décadas é imposto de cima e de fora para dentro de nosso território", concluiu.

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