Da Carta Maior
É a justificativa do deputado Ivan Valente, que comandará o Partido Socialismo e Liberdade, para a possibilidade de alianças menos ortodoxas nas eleições para prefeito em 2012. À Carta Maior, Valente, que defendeu 'voto crítico' no PT no segundo turno presidencial de 2006 e 2010, fala sobre futuro do PSOL, gestão Dilma e diferenças com oposição de direita no Congresso.
Najla Passos
BRASÍLIA - Órfão de uma liderança nacional desde o afastamento da ex-senadora Heloísa Helena, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) decidiu apostar no deputado federal Ivan Valente (SP) para comandar a legenda por dois anos, em convenção realizada no fim de semana, em São Paulo.
Representante da corrente majoritária do partido, Valente assume com o desafio de ampliar não só a base de filiados e a proximidade com os movimentos sociais, mas também de aumentar as vitórias eleitorais.
A começar já em 2012, nas disputas para prefeitos. Para isso, o Congresso do PSOL aprovou resolução que libera a direção para fechar alianças com legendas menos radicais do que os parceiros mais comuns nos seus sete anos de vida, PCB e PSTU. Segundo Valente, a decisão é necessária para o PSOL se consolidar como alternativa concreta de poder.
Fundador do PT, o deputado deixou o partido em 2005, junto a outros dois mil filiados, por insatisfação com os rumos petistas. Apesar disso, no segundo turno das duas últimas eleições presidenciais, defendeu que o PSOL desse "voto crítico" em Lula (2006) e Dilma Rousseff (2010) e "nenhum voto" nos tucanos Geraldo Alckmin (2006) e José Serra (2010).
Deputado por São Paulo pelo quinto mandato seguido (está na Câmara desde 1995), Valente é um dos cinco parlamentares psolistas em Brasília – ao lado de mais dois deputados (total: 513) e dois senadores (total:81). Engenheiro e professor, iniciou a carreira política no movimento estudantil, combatendo a ditadura militar, opção que lhe custou prisão e tortura.
A seguir, o leitor confere a íntegra da entrevista exclusiva de Valente àCarta Maior, na qual ele também faz um balanço do primeiro ano do governo Dilma e comenta como ser oposição de esquerda diferenciando-se dos principais adversários da presidenta, situados à direita.
Qual será sua linha de atuação à frente da presidência do PSOL?
Ivan Valente: Dentro da complexidade do PSOL, foi importante a nossa vitória não só para a presidência, mas também na aprovação das nossas propostas de resoluções em todas as decisões principais tomadas pelo Congresso. Vamos atuar na linha de ampliar o partido, de dar uma face PSOL, aproximando-o da sociedade. O PSOL é um partido com vocação de poder, com proximidade com os movimentos sociais, com forte protagonismo político e que mantém o seu programa. É isso o que queremos consolidar e ampliar.
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