O que chama atenção nesse caso é a posição do Judiciário. Por três vezes a polícia solicitou a prisão preventiva dos suspeitos. Por três vezes o juiz Murilo Lemos Leão, de Marabá, negou o pedido. Por que tanto descaso? Será se o caso envolvesse a morte de um fazendeiro e os acusados fossem trabalhadores rurais o juiz teria tanta cautela?
Dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) demonstram que apenas está se confirmando o status quo que consagra a violência de classe contra os pobres da terra. De 1985 até agora, foram assassinadas 1580 pessoas no Pará, em 1186 ocorrências. Destas somente 91 foram a julgamento com a condenação de apenas 21 mandantes e 73 executores. Dos mandantes condenados somente Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser um dos mandantes do assassinato de Irmã Dorothy Stang, continua preso. Um escândalo sem precedentes.
Agora, familiares do casal assassinado e movimentos sociais exigem a saída do juiz do caso, com a federalização das investigações e do julgamento dos acusados.
Leia a íntegra da nota da CPT, aqui.
Companheiro,
ResponderExcluirCom um governo local aliado do latifúndio do agronegócio e das madeireiras, se criou num ambiente proprício para o recudescimento da violência no campo, alimentada cada vez mais pela certeza da impunidade. Portanto, é urgente a tarefa de federalização da investigações, em função dos poderes locais estarem amarrados pelo seu contteúdo de classe. Federalização Já de todos os crimes contra trabalhadores rurais!