A quebra do sigilo bancário da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) apontou diferença de R$ 9 milhões entre a folha oficial, arquivada no setor administrativo do Poder, e a folha efetivamente paga pelo Banco do Estado do Pará (Banpará).
O levantamento feito pela equipe técnica do Ministério Público do Estado (MPE) verificou uma diferença de R$ 8,4 milhões por meio de créditos bancários e de R$ 577 mil por meio de contracheques.
O período investigado foi de janeiro de 1994 até os dias atuais, mas o rombo foi identificado somente a partir do ano de 2003 até o ano passado, época em que a Alepa foi presidida pelo atual senador Mário Couto (PSDB) e pelo ex-deputado Domingos Juvenil (PMDB), conforme explicou o promotor de Justiça Nelson Medrado. Onde o dinheiro foi parar ninguém sabe. A investigação
do MPE continua.
A diferença milionária entre a folha arquivada e a folha paga representa apenas uma das modalidades de fraude realizadas na Alepa por meio da folha de pessoal. Depoimentos
colhidos durante a investigação, em especial da ex-chefe da Divisão de Pessoal, Mônica Pinto, apontaram as fragilidades do sistema de arquivo da folha que propiciavam as ilicitudes, como o programa criado pelo ex-chefe do Centro de Processamento da Dados da Casa, Jorge Moisés Caddah, que apagava informações adicionadas irregularmente ao sistema da folha.
Para continuar lendo, clique na imagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário