Em 2009, a Fundação Perseu Abramo realizou uma pesquisa sobre preconceito contra gays. O estudo mostrou que 26% dos brasileiros admitem discriminar homossexuais.
Em 2003, a pesquisa “Discriminação Racial e Preconceito de Cor no Brasil”, do Datafolha, revelou que somente 4% dos pesquisados disseram ter preconceito de cor.
Pesquisas são recortes da realidade. Dizer que não tem preconceito é bem diferente de realmente não tê-lo.
Mas, é relativamente fácil notar que o racismo é bem menos aceito socialmente que a homofobia. É muito comum o uso de termos como “viadinho”, “bichinha”, “bicha louca”. Já, chamar alguém de “negro safado” ou “preto vagabundo” pega muito mal.
Por outro lado, as vítimas do racismo costumam receber o apoio da família. As vítimas da homofobia não têm a mesma garantia. Ser homossexual, branco e com dinheiro não traz imunidade contra discriminação. Mas o tratamento costuma ser menos violento.
Duro mesmo é ser gay, negro e pobre. O problema maior é que a resistência à perseguição sofrida em cada uma dessas condições acontece de forma isolada. Cada setor tenta reagir sozinho à parte que lhe cabe nesse pacote de maldades. Os poderosos, que fizeram o embrulho, agradecem.
Do Pílulas Diárias de Sérgio Domingues
Nenhum comentário:
Postar um comentário