sábado, 22 de maio de 2010

A violência nossa de cada dia

Quinta-feira, 20, no meio da tarde, numa movimentada rua de um bairro periférico de Belém.
De repente, faz-se o pânico. É mais um assalto.
Ouve-se um tiro e um jovem cai baleado.
O assaltante foge levando a motocicleta da vítima enquanto uma pequena multidão se forma para ver, com os próprios olhos, o que já está virando rotina.
Na véspera, num bairro mais próximo do centro, um jovem universitário de 22 anos perdia a vida em um assalto semelhante.
Mais uma vítima, número frio de estatísticas que só revelam o óbvio: a política de segurança pública faliu e faliu fragorosamente.
Nos jornais de hoje a polícia anuncia que teria desvendado o crime com a prisão - ou, mais especificamente, com a apresentação dos jovens - tragédia dentro da tragédia - que confessaram participação no assassinato.
Providência tardia e que está muito longe de reparar a dor da família enlutada ou amenizar o sentimento de desproteção que engolfa toda a sociedade.
O império da droga com suas múltiplas e sinistras conexões segue ditando as regras. Regras que implicam em matar ou morrer, como se nada mais tivesse qualquer importância.
Está, portanto, a cada momento mais evidente que não é possível tratar essa fratura exposta com doses esporádicas de aspirana.
Página Crítica

Um comentário:

  1. E o pior, que a então "oposição" que hoje encontra-se no poder, finge que a culpa está nas pessoas e não neste sistema de politiqueiros , que utilizam os recursos públicos para satisfazer seus sonhos de consumo.Recorrer prá quem? é só rezar pra que nada aconteça com minha família.

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