quarta-feira, 5 de maio de 2010

Lana Pimenta

Nos 19 de abril, a estudante Lana Pimenta procurou a polícia para comunicar o 'sumiço' de sua filha de dentro do bloco cirúrgico da Maternidade do Povo, em Belém. Ela havia dado entrada no hospital, com todos os sinais de um trabalho de parto. Logo depois, ela foi informada pela equipe médica que não havia nenhuma criança no seu útero.
Como assim? A família de Lana, a ginecologista do pré-natal e o médico da Santa Casa que encaminhou a paciente para a maternidade afirmaram que a jovem estava grávida.
O que deveria ser o nascimento de uma criança virou caso de polícia. E assim, o resultado de dois exames que fazem parte do inquérito policial que apura o caso, começou a expor mais uma vez a fratura dos serviços de saúde pública no Pará
Foram feitas duas ultrassonografias, em laboratórios diferentes, para avaliar o tamanho do útero de Lana, mais de 11 dias depois da cesariana. Os exames atestaram que o útero da jovem aparentava estar dentro da normalidade, não compatível com um útero que tenha tido um trabalho de parto.
As duas ultrassonografias irão se juntar a outros exames feitos por Lana no Instituto Médico Legal. E só o laudo final do IML é que vai dizer se a jovem estava ou não grávida no dia da cirurgia.
Seja lá qual for o resultado, este caso é a prova cabal que a saúde pública no Pará anda muito mal. Uma humilhação pública, um festival de absurdos. Uma violação grave ao direito da pessoa humana, a um tratamento digno. Lana é uma jovem sem muitos recursos nesta “terra de direitos” e de propaganda enganosa.

Marinor Brito

Um comentário:

  1. É um completo ABSURDO!

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    "O ex-prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL) deveria ser candidato a que?"

    www.naotemcabimento.com

    abraços!

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