Os Estados Unidos devem por fim às restrições ao comércio de medicamentos que impõem contra Cuba há 50 anos no contexto do bloqueio econômico, na opinião da revista científica Science, que reflete a opinião dos cientistas e é considerada uma das melhores publicações do gênero no mundo. “Uma melhor política inclusive seria a eliminação total do bloqueio comercial”, defenderam em um artigo os professores Paul Drain e Michele Barry, da escola de Medicina da Universidade de Staford.
Os dois afirmam que o fim do bloqueio permitiria que os Estados Unidos estudem e aprendam com o exitoso sistema universal de saúde cubano. “Apesar de meio século de bloqueio, Cuba possui melhores resultados em saúde pública que a maioria das nações da América Latina”, escreveram. Seus êxitos, agregam, são comparáveis aos dos países mais desenvolvidos.
Em relação à América Latina e ao Caribe, Cuba exibe a mais alta taxa de expectativa de vida (78,6 anos), assim como o maior número de médicos por habitantes (59 para cada 10 mil). Possui também a menor taxa de mortalidade infantil (5 para cada mil nascimentos) e entre crianças (7 em mil), segundo Drain e Barry.
Cuba também tem “um dos maiores índices de vacinação e de nascimentos de todo o mundo, atendidos por especialistas em saúde”. Esses feitos, estimam, se deve principalmente à ênfase que Cuba confere à atenção primária à saúde, mais do que a magnitude dos recursos financeiros disponíveis para o sistema médico nacional.
Mediante à educação popular sobre a prevenção de enfermidades e promoção da saúde, Cuba depende menos de recursos médicos para manter uma população saudável. Os Estados Unidos ganhariam estudando a experiência exitosa da Ilha e adotando algumas de suas políticas para o setor e isto também poderia ser um bom primeiro passo para a normalização das relações entre Cuba e os Estados Unidos, concluem os professores no artigo publicado pela Science.
Pátria Latina
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