quarta-feira, 7 de abril de 2010

Gumercindo Rodríguez: Motorneiro de bondes e de sonhos


Por Gerson Brito Rodrigues
No eclodir do século XX, em 1901, o pequeno galego Gumercindo Rodríguez Rodríguez, nascido em 21 de janeiro de 1892 em Orense na Espanha, acompanhado de seus padrinhos, aportavam no Ver-o-Peso.

Dona Albina Domingas Rodríguez, após alguns meses, percebera que os compadres não mais regressariam à bela Galícia, encantados que estavam com as “terras do além mar”.
Tendo enviuvado ainda jovem, Dona Albina decidiu arrumar as bagagens, abandonando tudo a fim de reencontrar seu primogênito. Os fortes laços afetivos e a esperança num futuro melhor abrandavam a difícil sobrevivência.

Ainda no auge da economia da borracha, Belém atraía milhares de imigrantes que procuravam trabalho e exercitavam esperança.

Gumercindo com somente nove anos ingressou no mundo do trabalho. Era o braço direito de sua mãe na árdua tarefa de sustentação familiar, formada, ainda, pelos irmãos Benito e Dolores.
De vendedor de água ambulante a jornaleiro, de operário a integrante das forças armadas do Brasil – terra que lhe deu nova nacionalidade - onde ingressou para defender o país durante a primeira guerra mundial, Gumercindo foi incansável.

Ele que viu Belém como um grande canteiro na adolescência, aos 20 anos vivenciou a débâcle da economia da borracha e também, a triste experiência da guerra.

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