domingo, 23 de outubro de 2011

Pensamento Crítico - Mike Davis - Chega de chiclete

"Ocupe Wall Street" segue resistindo apesar da intensa repressão das autoridades estadunidenses

do Blog da Boitempo

Quem poderia prever que o Occupy Wall Street e sua proliferação ao estilo de uma planta selvagem aconteceriam em cidades grandes e pequenas? John Carpenter previu. Há quase 25 anos (1988), o mestre do terror (Halloween, A coisa) escreveu e dirigiu They Live [“Eles vivem”, no Brasil], retratando a Era Reagan como uma catastrófica invasão alienígena. O filme continua sendo seu tour de force. Aliás, quem poderia esquecer das primeiras cenas brilhantes em que uma grande periferia terceiro-mundista é mostrada ao longo de uma autoestrada e refletida pelos arranha-céus espelhados de Bunker Hill, em Los Angeles? Ou da maneira como Carpenter retrata banqueiros milionários e ricos midiocratas dominando a pulverizada classe trabalhadora dos Estados Unidos, que vive em barracas numa encosta cheia de entulhos e implora por trabalhos casuais?

Partindo dessa igualdade negativa entre falta de moradia e desesperança, e graças aos óculos escuros mágicos encontrados pelo enigmático “Nada” (interpretado por Kurt Russell), o proletariado finalmente alcança a unidade inter-racial, não se deixa enganar pelas fraudes subliminares do capitalismo e fica furioso, extremamente furioso. Sim, eu sei, estou adiantando as coisas. O movimento “Occupy the World” ainda procura seus óculos mágicos (programa, demandas, estratégia e assim por diante), e sua fúria permanece baixa, em estado gandhiano.

Mas, como previu Carpenter, arrancar um número suficiente de cidadãos norte-americanos de suas casas e/ou carreiras (ou pelo menos atormentar dezenas de milhões com essa possibilidade) para promover algo novo e de grandes proporções é um movimento lento e cambaleante em direção ao Goldman Sachs. E, ao contrário do “Partido do Chá” [Tea party], até agora não há fios de marionete. Um dos fatos mais importantes sobre a revolta atual é simplesmente que ela ocupou as ruas e criou uma identificação espiritual com os desabrigados.

Para ser bem franco, a minha geração, educada no movimento dos direitos civis, teria pensado em primeiro ocupar os prédios e esperar que a polícia colocasse todos porta afora na base de cacetadas. (Hoje, os policiais preferem spray de pimenta e “técnicas não letais”.) Em 1965, quando eu tinha dezoito anos e participava da equipe nacional dos Estudantes para uma Sociedade Democrática, planejei uma ocupação do Chase Manhattan Bank, “parceiro do apartheid” por conta de seu papel central no financiamento da África do Sul depois do massacre de manifestantes pacíficos. Foi o primeiro protesto em Wall Street em uma geração, e 41 pessoas foram arrastadas de lá pela polícia.

Ainda acho que tomar o comando dos arranha-céus é uma ideia esplêndida, mas para um estágio mais avançado da luta. Até o momento, a genialidade do Occupy Wall Street é o fato de ter liberado alguns dos imóveis mais caros do mundo e transformado uma praça privada em um espaço público magnético e catalisador de protestos.

Nossa ocupação há 46 anos foi uma incursão de guerrilheiros; a de agora é uma Wall Street sob o cerco dos liliputianos. Também é o triunfo do princípio supostamente arcaico do cara a cara, da organização dialógica. As mídias sociais são importantes, é claro, mas não onipotentes. O sucesso da auto-organização dos ativistas – a cristalização da vontade política a partir do livre debate – continua sendo melhor nos fóruns urbanos da realidade. Dito de outra forma, a maior parte das nossas conversas na internet equivale ao padre sendo ensinado a celebrar a missa; até mesmo megasites como o MoveOn.com são voltados para um grupo que já sabe do que é dito, ou pelo menos para seu provável grupo demográfico.

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sábado, 22 de outubro de 2011

Adesão popular - Carreata contra a Divisão do Pará mobiliza 600 pessoas






Do Portal ORM:

Cerca de 600 pessoas participaram, durante duas horas deste sábado (22), da primeira carreata Contra a Divisão do Pará, promovida pela Frente contra o Tapajós. Veja fotos!

Segundo a organização do evento, 200 carros seguiram por quatro quilômetros das ruas do bairro do Jurunas. O trajeto iniciou na Praça Amazonas, em frente ao Pólo Joalheiro, e seguiu pelas rua Roberto Camelier, Estrada Nova, Alcindo Cacela e Padre Eutíquio.

Fotos: Tarso Sarraf (O Liberal)

Na mira da mídia 1 - Promotor denuncia mais dois por fraude na Alepa

Para ler melhor, clique sobre a imagem

Fonte: O Liberal (22/10/2011)

Mandato em Movimento - Edmilson participa de carreta contra a divisão do Pará

Na carreata contra a divisão, Edmilson, Iranilde Russo e Araceli Lemos

Edmilson falou à imprensa sobre a importância do engajamento popular na capanha 55

De carro ou de bicicleta, foi grande a adesão popular à campanha contra o esquartejamento do Pará

Dezenas de veículos participaram da carreata pelas ruas do Jurunas, Cremação e Batista Campos, em Belém


Fotos: Assessoria de Imprensa (22/10/2011)

Na mira da mídia 2 - Casos do Mal de Chagas sobem de 82 para 85



Fonte: O Liberal (22/10/2011)

Viramundo - ONU pede apuração de morte de Gaddafi

Da Folha de São Paulo

Passada a euforia inicial com o fim do ditador líbio, organismos internacionais e governos que, inclusive, ajudaram os rebeldes na sua caçada questionam agora a natureza da morte de Muammar Gaddafi.
A ONU (Organização das Naçõe s Unidas) pediu uma investigação, enquanto os Estados Unidos -membros da Otan- disseram que o CNT (Conselho Nacional de Transição) líbio deve oferecer explicações "transparentes" sobre a causa da morte.
O pedido de investigação teria sido o principal motivo para que o CNT adiasse o enterro de Gaddafi, previsto inicialmente para ontem.
Ainda não está definido o que será feito com o corpo, que foi exposto ontem como um troféu em Misrata. Em comunicado, a família pediu a entrega dos corpos do ditador e de seu filho para poder enterrá-los.
Segundo o Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU, são necessários mais detalhes para "assegurar se ele morreu em algum tipo de confronto ou se foi assassinado depois de sua captura".
"Vistos de maneira conjunta, os dois vídeos que mostram Gaddafi vivo e morto são muito perturbadores", disse o porta-voz do organismo, Rupert Colville.
A primeira gravação mostram Gaddafi vivo e sendo empurrado com violência pelos rebeldes após ser capturado. Um vídeo seguinte já o mostra morto, deitado no chão.
A participação da Otan na ação também é alvo de questionamentos. A aliança militar calcou sua intervenção no país na resolução 1.973 do Conselho de Segurança, que autorizava "tomar todas as medidas necessárias para proteger civis". Suas ações, porém, evidenciaram uma caçada ao ditador.
"Não há nenhuma relação entre a zona de exclusão aérea [autorizada pela resolução] e um ataque contra um objetivo em terra, neste caso, o comboio. Ainda mais se levarmos em conta que não se tratava de proteger civis, pois o comboio não atacava ninguém", disse o chanceler russo, Serguei Lavrov.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

PPA 2012-2015 - Emendas de Edmilson focam a qualificação do trabalhador

O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) apresentou 17 emendas ao Plano Plurianual 2012-2015. Dentre elas, estão a alocação de R$ 34 milhões para ações de qualificação social e profissional da população paraense e a reserva de R$ 950 mil para a aquisição de equipamentos de informática aos profissionais da educação pública, a fim de proporcionar a formação continuada da categoria. O PPA será votado na Assembléia legislativa do Estado até o fim do mês.

Edmilson justifica que serão criados no Pará 180 mil novos empregos com carteira assinada até 2013, conforme dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo ele, os recursos inicialmente previstos para o setor não atendem sequer a 20% da demanda.

Outra emenda do psolista investirá R$ 2,2 milhões na ampliação de cinco para oito as equipes do Programa Saúde da Família na Região Metropolitana. Sem falar na emenda que amplia em seis vezes os recursos inicialmente previstos para a inclusão das pessoas com deficiência e sofrimento psíquico no Pará, destinando o total de R$ 1,2 milhão. A fonte de recursos da maioria dessas emendas é a publicidade estatal.

Alepa – Outras seis emendas de Edmilson contemplam os servidores da Alepa, como a destinação de R$ 2,6 milhão para a Escola do Legislativo oferecer capacitação profissional, R$ 2,2 milhões para o pagamento do auxílio alimentação, R$ 1,9 milhão para o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração e R$ 1,1 milhão para melhorar a Creche do Legislativo. Os recursos foram alocados dentro do orçamento da própria Casa de Leis.

O auxílio-alimentação deverá ser pago como abono, atendendo ao projeto de resolução apresentado por Edmilson naquela Casa de Leis. O objetivo do deputado é dar maior transparência à despesa da Alepa com as cestas básicas e os vales-alimentação, considerando que, atualmente, o gasto mensal somente com os vales chega a R$ 1,2 milhão. O projeto fixa o auxílio alimentação em R$ 700 para os servidores efetivos e comissionados e em R$ 350 para secretários parlamentares.

Contra a divisão - Plenária organiza a luta pelo Pará unido

Edmilson e coordenadores da Frente contra a divisão: plenária mobiliza a militância


Cresce a campanha contra o esquartejamento do Pará.
Na noite de ontem (20), na sede do Rancho Não Posso me Amofiná, em Belém, uma representativa plenária de lideranças políticas, sindicais, populares e sociais mostrou a força do movimento pela unidade territorial do estado. Ao mesmo tempo, mostrou a necessidade de mudar radicalmente o atual modelo excludente e predatório que infelicita o nosso povo.
Parabéns à Frente contra a divisão do Pará/Não a Tapajós.
O desafio agora é colocar a campanha nas ruas.
No sábado, 22, a partir das 9h, na Praça Amazonas, haverá uma grande carreata.
Contamos com a participação de todos e de todas.

Não e Não! O Pará ninguém divide.

Foto: Assessoria de Imprensa

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Na mira da mídia 1 - Deputado questiona contrato do Detran do Pará


Fonte: O Liberal (20/10/2011)

Educação - Para pagar o piso, o governo não precisa de ajuda federal

Do Blog do Luiz Araujo

No dia 30 de agosto deste ano o governo do estado do Pará enviou oficio ao FNDE solicitando ajuda federal para pagar o piso salarial nacional para o magistério paraense. Alguns dias depois a categoria entrou em greve, movimento deflagrado logo após o anúncio feito pelo governo de que não pagaria o valor integral do piso de R$ 1187,00.

Somente em outubro o documento enviado ao FNDE veio a público. E isso só foi possível por pedido feito ao MEC pela Senadora Marinor Brito (PSOL-PA). Tal dificuldade de acesso, por si só, já levanta certa dúvida sobre a seriedade da solicitação do governo Jatene.

Atendendo um pedido do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Pará eu fiz um estudo acerca do teor do documento. Também acessei os dados de receita referentes a 2011, todos eles declarados pelo governo do Estado no Projeto de Lei Orçamentária para 2012, que tramita no momento na Assembléia Legislativa do Pará.
O governo do estado tem o direito de solicitar ajuda financeira federal? Sim, a lei n° 11738 de 2008 estabeleceu que 10% da complementação da União ao Fundeb poderá ser usada para apoiar financeiramente estados e municípios que comprovarem a impossibilidade de pagamento do piso salarial nacional do magistério. A Portaria n° 213 de 2011 estabeleceu os critérios para que entes federados realizassem a solicitação. Somente estados e municípios localizados nos estados que recebem complementação da União podem fazer o pedido. O Pará se enquadra neste critério. Porém, o principal quesito para a concessão é a comprovação de que realmente aquela unidade federada não possui condições financeiras de cumprir a lei do piso.

Para ler o artigo completo. clique aqui.

Na mira da mídia 2 - OEA exige que o Brasil se explique sobre Belo Monte



Fonte: O Liberal (20/10/2011)

Viramundo - Grécia entra no segundo dia de greve geral contra cortes de direitos

Grécia em chamas: revolta e destruição durante o protesto contra mais um pacote de medidas anti-populares (Foto: Folha de São Paulo)

Enquanto França e Alemanha faziam mais uma reunião de emergência na tentativa de destravar um pacote para salvar o euro e a economia europeia, a Grécia tinha ontem outro dia de greve geral e o maior protesto popular contra os cortes públicos.
Cerca de 70 mil pessoas (segundo a polícia) ou mais de 120 mil (segundo os organizadores) protestaram nas ruas de Atenas. Alguns jogaram pedras e coquetéis molotov nos policiais, que responderam com cassetetes e gás lacrimogêneo. Vitrines de lojas foram destruídas.
O protesto fez parte do primeiro dos dois dias de greve geral convocados pelos sindicatos. Aeroportos, portos, o transporte público, bancos, escolas, tudo foi afetado.
Alguns cartazes nas ruas traziam a frase "Não à troica, não à chantagem". "Troica" é uma referência a Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu, que concederam empréstimos à Grécia, mas exigem cortes de gastos.
Ontem, o Parlamento aprovou em primeira votação mais um pacote de medidas que prevê demissão de funcionários públicos e redução de salários e aposentadorias.
Hoje acontece a segunda votação. Se o governo não vencer, o repasse dos empréstimos de novembro pode ser retido, o que deixaria o país sem dinheiro para pagar servidores e aposentados.
A Grécia é o país com o maior problema de dívida de toda a União Europeia. O mercado já dá como certo algum tipo de calote.

Fonte: Folha de São Paulo (20/10/2011)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Tribuna Popular - Edmilson cobra apuração e solução de irregularidades no Detran

Durante a arguição do novo diretor-superintendente do Departamento estadual de Trânsito (Detran), Álvaro Oliveira Júnior, o deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) cobrou respostas sobre suspeitas de irregularidades no órgão, como o superfaturamento de contrato de terceirização de exames médico e psicotécnico, o sucateamento das unidades do interior do Estado e a aquisição ou locação de veículos de luxo para diretores da autarquia. O psolista também reivindicou a elaboração do Plano de Cargos, Carreira e Salário (PCCS) dos funcionários do órgão. A arquição ocorreu no plenário da Assembleia Legislativa do Pará, na manhã desta quarta-feira, 19.

Edmilson pediu que o novo dirigente do Detran ao assumir o cargo, esclareça as denúncias do possível superfaturamento no contrato com a Climep, de R$ 14 milhões por ano, que exclui despesas como o aluguel do imóvel usado pela empresa, de R$ 35 mil por mês. Ele parabenizou Oliveira pela nomeação e pediu mais investimentos em educação no trânsito a fim de prevenir mortes, mais atenção com o funcionalismo público e com os equipamentos do Detran. "Tenho conhecimento de que existem oito balanças (de pesagem de veículos) na Região Metropolitana, mas todas estariam quebradas, sem que o serviço tenha deixado de ser pago pela população. Peço que apure essas situações", pediu o deputado.

Greve da Educação - Edmilson propõe ação contra o Estado

O ajuizamento de uma ação que responsabilize o governo do Estado por descumprir o princípio constitucional que determina a aplicação de 25% do orçamento em educação, foi proposta pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) em reunião com dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp), na manhã desta quarta-feira, 19, na Galeria dos Ex-Presidentes da Assembleia Legislativa do Pará. No encontro, o líder do Executivo na Alepa, deputado Márcio Miranda (DEM), anunciou os avanços obtidos na intermediação realizada junto ao Estado, na véspera. A comissão externa do Legislativo atendeu ao requerimento de Edmilson.

Os educadores, em greve há 23 dias, ouviram do líder do governo que o Executivo aceita não descontar os dias parados desde que haja reposição das aulas. Outros pontos pacíficos da intermediação feita por Miranda e pelo presidente da Comissão da Educação, deputado Eliel Faustino (PR) com a secretária estadual de Administração, Alice Viana, foram a correção imediata de erros recentemente ocorridos nos contracheques de parte dos servidores; e o envio de um projeto de lei à Alepa que inclua no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) o adicional de analista e promova outras correções no PCCR.

Quanto ao principal ponto de pauta da categoria, que é o pagamento do piso nacional de R$ 1.187,90, Miranda adiantou que o Estado quer adiar o pagamento para fevereiro de 2013. Porém, não ficou clara a negociação quanto ao pagamento retroativo e se atenderá à elevação do piso prevista para janeiro. O Sintepp demonstrou preocupação que, ano que vem, a greve volte a se repetir com um possível novo descumprimento do piso.

Os grevistas voltaram a contrapor a afirmação do Estado de que não há dinheiro para arcar com o PCCR e o piso. Os deputados ressaltaram que as tentativas do Executivo em pedir auxílio financeiro ao Ministério da Educação (MEC) são infrutíferas em razão do descumprimento do investimento mínimo em educação. "O MEC tem o critério de atender somente o Estado que estiver cumprindo o o mínimo constitucional de 25%, mas o Pará está gastando somente 21% do orçamento. Se estivesse aplicando o que determina a Constituição, seriam R$ 470 milhões, bem superior aos R$ 195 milhões estimados pelo próprio governo como suficientes para pagar na totalidade o psio salarial da categoria", destacou Edmilson.

O psolista considerou que a intermediação dos deputados contribuiu para o atendimento das expectativas dos grevistas. Miranda e os demais deputados reafirmaram que continuarão acompanhando e intermediando as negociações. Também participaram da reunião, os deputados Carlos Bordalo (PT), Bernadete ten Caten (PT), Faustino e Celso Sabino (PR). O diálogo com os deputados serviu de prévia para a audiência dos grevistas com o Executivo, no Fórum Cível de Belém, logo mais ao meio-dia, quando haverá uma tentativa de conciliação intermediada pelo juiz Elder Lisboa, da 1ª Vara da Fazenda Pública.

Na mira da mídia 2 - TV Cultura - Edmilson defende solução negociada para a greve dos educadores



Fonte: Jornal da Cultura (18/10/2011)


Caos imobiliário - Edmilson quer comissão para acompanhar caso do edifício Wing

Edífico Wing continua interditado: a especulação imobiliária está na raiz de tantos acidentes

O deputado Edmilson Rodrigues (PSOL) protocolou requerimento nesta terça-feira, 18, para a criação de uma comissão parlamentar que acompanhe de perto as investigações sobre o caso do edifício residencial “Wing”, localizado no bairro do Umarizal. No último final de semana, um dos pilares de sustentação da garagem do prédio estalou, por não agüentar o peso da estrutura.

O caso deixou a população em alerta porque o engenheiro calculista do Wing é o mesmo que, segundo laudos técnicos, errou na construção do edifício “Real Class”, que desabou no início do ano. O engenheiro responde a processos judiciais acompanhados pelo Ministério Público Estadual.

“Nós não podemos deixar que irregularidades como essa corram soltas. É dever deste Poder Legislativo exercer o papel de fiscalizador e de representante da população nessa questão”, defendeu Edmilson, justificando o pedido para a formação da comissão parlamentar. O requerimento ainda será votado pelos demais deputados.

Foto: O Liberal

Na mira da mídia 2 - "Fantasma" pede exoneração da Alepa


Fonte: O Liberal (19/10/2011)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Negociação - Comissão externa da Alepa intermedia greve dos educadores


O deputado Edmilson fala aos grevistas e negocia a realização da audiência pública

Uma comissão de deputados reuniu com os trabalhadores em educação: busca de negociação

Dezenas de educadores lotaram o auditório João Batista, na sede da Alepa

Conceição Holanda, coordenadora geral do Sintepp, afirma que a categoria não abre mão do piso salarial nacional


O deputado Edmilson Rodrigues (PSOL) conseguiu aprovar, por meio de requerimento, a criação de uma comissão externa da Assembleia Legislativa do Pará para acompanhar e intermediar a negociação entre o governo do Estado e os educadores, em greve há 22 dias. O requerimento foi aprovado na sessão da manhã desta terça-feira, 18, na Alepa.

"Não é possível que esta Casa assista passivamente a continuidade do conflito sem que assuma seu papel de sujeito necessário e indispensável na busca de uma solução que resguarde os direitos dos trabalhadores em educação e, ao mesmo tempo, estabeleça as condições para a retomada do ano letivo", afirmou o psolista.

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp) realizou protesto em frente à Casa de Leis e, em seguida, reuniu com os deputados. O encontro resultou noutra negociação com o Executivo, intermediada pelos parlamentares, à tarde.

Na reunião, ocorrida no auditório João Batista, os grevistas não abriram mão do pagamento integral e imediato do piso salarial de R$ 1.187,90, além da solução de pendências do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) - como a implementação da gratificação do sistema modular de ensino e as progressões horizontal e vertical por tempo de serviço e escolaridade sem a retirada de outras vantagens anteriormente conquistadas - e o não desconto dos dias parados. Os grevistas contestam o argumento de que o Estado não tem dinheiro para arcar com os avanços salariais da categoria, que estão previstos em lei.

Participaram da reunião, Edmilson, o líder do governo na Alepa, deputado Márcio Miranda (DEM), e o presidente da Comissão de Educação da Alepa, deputado Eliel Faustino (PR), entre outros deputados do PT e do PR. Miranda e Faustino ficaram de reunir à tarde com o secretário de estado de Educação, Nilson Pinto, para levar a proposta do Sintepp. O retorno dos deputados será dado aos grevistas na próxima quarta-feira, 19 (amanhã), num novo encontro na Alepa, às 9 horas da manhã.

Fotos: Assessoria de Imprensa

Sessão Especial - União do vegetal completa 50 anos

O deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL) presidiu o início da sessão solene em homenagem aos 50 anos do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal (UDV), na segunda-feira, 17, no plenário da Assembleia Legislativa do Pará. Os adeptos da UDV pregam o desenvolvimento espiritual, intelectual e moral da sociedade e exercitam a prática de consumir o chá conhecido como "hoasca", que estimula a concentração mental, conforme descrevem.
“É evidente a participação do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal e das outras instituições religiosas na construção de um mundo e de uma sociedade ideal, mais justa”, declarou Edmilson, parabenizando o aniversário da UDV. A União do Vegetal foi fundada em Acre e hoje possui 15 mil seguidores no Brasil e em mais cinco países da Europa e América do Norte. No Brasil, existem mais de 40 centros da UDV, sendo dois no Pará (em Belém e em Santarém), que praticam a beneficência. Através do projeto "Luz do Saber" são oferecidos a alfabetização e a inclusão digital a crianças, jovens e adultos carentes.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Na mira da mídia 1 - Cientistas sobem o tom contra novo Código Florestal

Da Folha de São Paulo (17/10/2011)

Documento entregue a senadores afirma que dilema entre produção agrícola e preservação é "falácia"

Ignorados pela Câmara no semestre passado, pesquisadores tentam intervir com propostas "mais contundentes"


CLAUDIO ANGELO
DE BRASÍLIA

Em sua manifestação mais dura sobre a reforma do Código Florestal, as principais sociedades científicas brasileiras adjetivam partes do texto em análise como "injustificado" e "inconstitucional".
A SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e a ABC (Academia Brasileira de Ciências) entregaram na semana passada a senadores propostas para embasar as mudanças na lei. Para elas, a ciência não foi levada em conta no relatório do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), aprovado em maio no plenário da Câmara.
Entre as 18 assinaturas do documento há pesos-pesados como a antropóloga Manuela Carneiro da Cunha, Carlos Nobre, secretário de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Tatiana Sá, ex-diretora-executiva da Embrapa. Para eles, o maior entrave à expansão da agricultura não é a legislação ambiental, mas "a falta de adequação" da política agrícola do país.
Para os cientistas, um aumento marginal na produtividade pecuária -com medidas simples, como erguer cercas e fazer o manejo de pastos- liberaria 60 milhões de hectares para a agricultura. "Continua no Senado essa falácia de que não há espaço para preservar e produzir alimentos", disse Luiz Martinelli, da USP de Piracicaba. "Como é que eu vou dizer para a Europa não subsidiar sua agricultura quando a gente queima tudo sem nenhuma eficiência? É um tiro no pé."
As entidades também pedem que as APPs (áreas de preservação permanente), como margens de rios, sejam restauradas na íntegra, posição mais "ambientalista" que a do governo, que aceitou flexibilizar sua recomposição. Os cientistas exigem, ainda, que o Senado elimine do texto a menção à "área rural consolidada", que permite regularizar atividades agropecuárias em APPs desmatadas até 22 de julho de 2008. Segundo eles, a Constituição diz que "não há direito adquirido na área ambiental".
"Nosso livro anterior dava dados, mas não fazia afirmações tão contundentes", disse Carneiro da Cunha, aludindo a documento divulgado no semestre passado.
Expoente da antropologia, Carneiro da Cunha afirma que os senadores precisarão tratar um tema espinhoso sem acordo: a isenção de reserva legal para propriedades de até quatro módulos fiscais (medida equivalente a até 400 hectares na Amazônia).
"Quatro módulos não é o mesmo que agricultura familiar. É uma pegadinha." Ela diz esperar que o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), relator do código em três comissões, seja "persuadido por argumentos convincentes".

Maré de Resistência - Seminário internacional aponta alternativas de enfrentamento à crise

CARTA DE BRASÍLIA

Seminário Internacional “Alternativas de Enfrentamento à Crise”


Hoje, dia 5 de outubro de 2011, centenas de representantes de entidades do Brasil, Argentina, Belgica, Colombia, Venezuela, Suíça, Noruega, Grécia, Equador, Uruguai, Peru, Bolivia, da Auditoria Cidadã da Dívida e das redes internacionais CADTM (Comitê pela Anulação da Dívida do Terceiro Mundo) e Latindadd (Rede Latino-americana sobre Dívida, Desenvolvimento e Direitos) se reuniram em Brasília, no Seminário Internacional “Alternativas de Enfrentamento à Crise”, para demandar:

- a alteração radical do atual sistema financeiro global, que tem funcionado de forma desregulada, sem qualquer controle democrático ou popular, a despeito das crises financeiras serem sentidas pelos amplos e vulneráveis segmentos sociais;

- a instalação de comissões para auditoria da dívida pública em cada país, e o fim da emissão de dívida pública para salvar instituições financeiras em risco de quebra;

- o avanço da integração latino-americana e a implantação imediata, em toda a região, da Nova Arquitetura Financeira, que inclui o pleno funcionamento do Banco do Sul.

As entidades repudiam os nefastos efeitos das políticas impostas pelos bancos e seus representantes – FMI, União Européia e governos – sobre as populações, com destaque para a Grécia, palco de verdadeira guerra travada entre o povo e o sistema financeiro.

Este sistema insiste em exigir demissões em massa e a redução sem precedentes de direitos e gastos sociais: congelamento salarial, desemprego, penúria dos aposentados, privatizações, precariedade da saúde, educação, moradia, tudo isto para garantir o pagamento de uma dívida repleta de ilegitimidades. Esta é uma crise que multiplica-se tal qual um vírus, que vem adoecendo e contaminando a sociedade.

A crise oferece oportunidade de luta conjunta dos povos do Sul e do Norte contra o “sistema da dívida”, que é a usurpação do endividamento público, transformando-o em um instrumento de dominação global. Além das manifestações públicas evidenciadas por greves em várias partes do mundo, a demanda e a criação de comissões de auditoria da dívida se multiplicam por vários países. A auditoria é um instrumento capaz de revelar e documentar a VERDADE sobre esse “sistema da dívida”, possibilitando à sociedade o CONHECIMENTO sobre como, e a serviço de quem, tais dívidas foram constituídas. E estamos certos de que o conhecimento é um dos principais instrumentos dos povos na luta contra a sua opressão.

O instrumento de auditoria foi utilizado recentemente com sucesso pelo Equador que, com base em relatório de comissão criada para esse fim, respaldado em documentos e provas de ilegalidades, anulou 70% da dívida com bancos privados internacionais. Este processo foi considerado como um exemplo para o mundo pela própria ONU, onde a sociedade poderia estimular a criação de uma comissão de auditoria independente.

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Na mira da mídia 2 - Prédio no Umarizal é desocupado após "estalo" num pilar



Fonte: O Liberal (17/10/2011)

domingo, 16 de outubro de 2011

Na mira da mídia 2 - Manifestações espalham-se por 82 países

Da Folha de São Paulo (16/10/2011)

Roma registrou os maiores protestos contra o capitalismo, com 200 mil presentes, e houve confrontos com polícia

Inspirados pelo 'Ocupe Wall Street', atos chegam a 950 cidades; SP, Rio, Porto Alegre e Curitiba têm protestos

Max Rossi/Reuters
Itália: Manifestantes encapuzados atiram pedras e coquetéis molotov contra a polícia em Roma

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

De Wall Street para as ruas de 950 cidades de 82 países em todos os continentes.
Dezenas de milhares de manifestantes, inspirados pelo movimento que há quase um mês protesta contra a crise econômica mundial em Nova York, espalharam-se ontem pelo mundo ao pedir "união por uma mudança global".
A maioria das manifestações foi pacífica, com exceção da Itália, onde 200 mil pessoas foram às ruas de Roma estimuladas também pela decisão do Parlamento, anteontem, de manter o premiê Silvio Berlusconi no poder.
Em Roma, vários carros foram incendiados e manifestantes encapuzados destruíram agências de bancos. A polícia tentou conter os protestos com gás lacrimogêneo. Cerca de 70 pessoas ficaram feridas, três com seriedade. Todos os museus da capital foram fechados.
Berlusconi disse que os autores da violência serão "identificados e punidos". Em Nova York, onde tudo começou, 5.000 pessoas marcharam pelo distrito financeiro de Manhattan e ocuparam a Times Square. Ao menos 20 delas foram presas em um banco quando fechavam suas contas para protestar.
Sem agenda específica, a não ser uma crítica difusa ao grande capital, os manifestantes pelo mundo se organizam em grande medida por redes sociais como Facebook.
Além dos jovens dos EUA, tomam como modelo a Primavera Árabe e os "indignados" europeus. Ontem, Barcelona, na Espanha, um dos berços dos "indignados", foi a segunda cidade que registrou mais manifestantes, 60 mil. Em Madri, a Porta do Sol recebeu mais de 40 mil pessoas.
Em Portugal, os manifestantes de Lisboa e Porto também somaram 40 mil. As alemãs Berlim e Frankfurt registraram passeatas com 5.000 participantes.

ASSANGE
Em Londres, os protestos reuniram 2.000 pessoas em frente à Catedral de St. Paul. Nas escadarias da igreja, um manifestante chamou especial atenção: Julian Assange, do site WikiLeaks.
Ovacionado pelo público, ele foi depois abordado por policiais que o obrigaram a tirar uma máscara que usava. Os protestos se espalharam ainda por Ásia, Austrália e África, mas em menor escala.
Em Tóquio, 200 manifestantes se reuniram em frente à Tokyo Electric Power, operadora da central atômica de Fukushima, epicentro da catástrofe nuclear de março.
No Brasil, São Paulo, Rio, Porto Alegre e Curitiba tiveram manifestações. Na capital paulista, 200 jovens armaram barracas no Vale do Anhangabaú para passar uma semana, mas o acampamento foi desmontado a pedido de guardas civis.
No Rio, 150 pessoas se reuniram na Cinelândia, exibindo faixas contra a corrupção.


A arte da resistência - Ernesto Che Guevara



9 de outubro de 1967, La Higuera, interior da Bolívia, 1:10 da tarde.
A mão que aciona o gatilho é boliviana: Mario Terán, um obscuro sargento, que antes de cometer o assassinato havia bebido, para "criar coragem".
A voz que deu a ordem da matança, porém, falava inglês e veio de longe, via rádio.
Ouvem-se os disparos. Ernesto Che Guevara, aos 39 anos, médico argentino-cubano e cidadão do mundo, cai, crivado de balas.
Segundo uma das muitas versões, antes de ser alvejado, Che teria dito:

"Sei que você veio me matar. Atire, covarde, você vai matar um homem".

De qualquer forma, Che, comandante guerrilheiro, poeta, humanista e revolucionário, estava morto e sua foto, com o corpo perfurado e ensanguentado, correria o mundo.

Mas a foto que ao longo destes 44 anos ficou famosa, atravessando todas as fronteiras, foi outra. Mostra a face do comandante Che e seu olhar sereno e firme. Foi tirada anos antes por Alberto Korda durante uma das marchas do povo cubano em protesto contra a selvagem agressão imperialista.

Essa face se tornou um símbolo porque Che sobreviveu à sua morte física. Perenizou-se como um exemplo de coerência, coragem e amor aos oprimidos de todos os quadrantes da Terra.
Quando nos dias de hoje a juventude e os trabalhadores da Europa, do Oriente Médio e da América do Norte se levantam contra a truculência do grande capital, lá vão ser encontradas as muitas marcas de Che, revivido em estandartes de tantas e variadas cores.

Para homenagear o transcurso de mais um ano de seu martírio, publicamos um pequeno trecho do belo documentário "Utopia e Barbárie" (2010), do cineasta brasileiro Sílvio Tendler.

Que viva o comandante Ernesto Che Guevara!

Que viva a luta dos povos por um mundo de justiça e liberdade!



Trecho de filme: Utopia e Barbárie (2010), de Sílvio Tendler
Foto: Guerrilheiro heroico (Alberto Korda, 1960)
Ilustração: Maringoni (Carta Maior, 2011)

Canto rebelde - Canta Xingu mobiliza em favor da vida


Dia 21 de outubro, próxima sexta-feira, artistas da cidade cantarão em protesto contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte. É o CANTA XINGU – O canto de resistência contra Belo Monte, evento que contará com shows de dois grandes nomes do cenário musical paraense: Joelma Klaudia e Juca Culatra, além da participação especial do DJ Preto Michel que animará a noite com black music.
O CANTA XINGU tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade e fortalecer a luta contra a construção da UH de Belo Monte através da manifestação artística e cultural e de angariar fundos para o Comitê Metropolitano Xingu Vivo Para Sempre que irá à cidade de Altamira com delegações de Belém e região metropolitana para participar do Seminário Mundial contra Belo Monte denominado “Territórios, ambiente e desenvolvimento na Amazônia: a luta contra os grandes projetos hidrelétricos na bacia do Xingu”, dias 25, 26 e 27 de outubro de 2011 esperando-se a participação de pessoas de todo o Brasil, e de diversos outros países do mundo.

SERVIÇO:

CANTA XINGU – O canto de resistência contra Belo Monte
Local : Sede do SINTEPP -Rua 28 de Setembro, 510 – Reduto, Belém do Pará,
às 18 horas.
Ingresso: valor solidário – R$ 10,00 e meia para estudantes

Na mira da mídia 1 - Ônibus se recolhem mais cedo e vans sobem preço


Para ler melhor, clique sobre as imagens


Fonte: O Liberal (16/10/2011)

Pensamento Crítico - Naomi Klein - "Ocupe Wall St." é diferente dos protestos da década de 90

Jovem estadunidense e seu grito de guerra: "Somos os 99%". Todos contra a minoria próspera e arrogante


É MUITO MAIS FÁCIL AGORA DO QUE EM 1999 PROMOVER CONEXÃO COM O PÚBLICO, E ASSIM EXPANDIR O MOVIMENTO


NAOMI KLEIN

Uma coisa que sei é que 1% das pessoas amam as crises.
Quando o público está em pânico e desesperado, e ninguém parece saber o que fazer, o momento é ideal para forçar a aprovação de uma extensa lista de políticas que beneficiam as empresas: privatizar a educação e a Previdência Social, reduzir os serviços públicos, remover os últimos obstáculos ao poder das grandes companhias. Em meio à crise, isso vem acontecendo no mundo inteiro.
Só existe uma coisa capaz de bloquear essa tática, e felizmente é uma coisa muito grande: os outros 99% das pessoas. E esses 99% estão saindo às ruas, de Madison a Madri, para dizer: "Não, não pagaremos pela sua crise".
O slogan surgiu em 2008, na Itália. Ricocheteou para a Grécia, França e Irlanda, e por fim voltou. "Por que eles estão protestando?", indagam os sabichões embasbacados na televisão. Enquanto isso, o resto do mundo pergunta: "Por que demoraram tanto? Estávamos imaginando quando vocês enfim se dignariam a aparecer. Bem-vindos".
Muita gente traçou paralelos entre o movimento "Ocupe Wall Street" e os chamados protestos antiglobalização que conquistaram a atenção do planeta em 1999, em Seattle.
Foi a última ocasião em que um movimento mundial, descentralizado e comandado por jovens tomou por alvo direto o poder das empresas. E me orgulho por ter participado daquilo que chamávamos "o movimento dos movimentos".
Mas há diferenças importantes. Por exemplo, nós escolhemos como alvo conferências de cúpula: da Organização Mundial de Comércio (OMC), do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Grupo dos 8.
Mas esses eventos são transitórios por natureza, o que nos tornava igualmente transitórios. Aparecíamos, conquistávamos manchetes no mundo todo e em seguida desaparecíamos. E no frenesi e patriotismo excessivo que se seguiram aos ataques do 11 de Setembro, foi fácil nos varrer do cenário, ao menos nos Estados Unidos.
Já o "Ocupe Wall Street" tem alvo fixo. E não definiu um prazo para sua presença, o que é sábio. Apenas quem se mantém firme pode criar raízes. E isso é crucial.
Na Era da Informação, muitos movimentos brotam como belas flores, mas logo morrem. Isso acontece porque não criam raízes e não têm planos de longo prazo para se sustentar.
Ser horizontal e profundamente democrático, é maravilhoso. Esses princípios são compatíveis com o árduo trabalho de construir estruturas e instituições firmes para suportar futuras tempestades. Tenho grande fé nisso.
Há mais uma coisa que esse movimento está fazendo direito: assumiu um compromisso para com a não violência. E essa imensa disciplina significou, em incontáveis ocasiões, que as reportagens da mídia tivessem por tema a brutalidade policial, injustificada e repugnante. Enquanto isso, o apoio ao movimento só cresce.
Mas a maior diferença que a década de distância entre os dois movimentos produziu é que, em 1999, nós estávamos atacando o capitalismo no pico de um boom frenético. O desemprego era baixo, as carteiras de ações propiciavam fortes lucros. A mídia estava embriagada pelo acesso fácil ao dinheiro. Então, todos preferiam falar mais sobre as empresas iniciantes de internet do que sobre os esforços para paralisar atividades reprováveis.
Nós insistíamos em que a desregulamentação que havia possibilitado aquele frenesi teria um custo. Que ela havia rebaixado os padrões trabalhistas. Que prejudicava o meio ambiente. As empresas se tornavam mais poderosas que os governos, e prejudicando nossas democracias.
Mas, para ser honesta, enfrentar um sistema econômico baseado em cobiça era uma parada indigesta enquanto as coisas iam bem, ao menos nos países ricos.
Passados 10 anos, parecem não existir mais países ricos. Apenas muitas e muitas pessoas ricas. Pessoas que enriqueceram saqueando o patrimônio público e exaurindo os recursos naturais do planeta.
O ponto é que hoje todos podem ver que o sistema é profundamente injusto e está escapando ao controle. A cobiça descontrolada devastou a economia mundial, e está devastando o mundo natural.
Estamos pescando demais em nossos oceanos, poluindo nossas águas com exploração petroleira e recorrendo às formas de energia mais sujas do planeta.
Esses são os fatos práticos. São tão gritantes, tão óbvios, que é muito mais fácil agora do que em 1999 promover conexão com o público, e assim expandir o movimento.
Temos de tratar esse belo movimento como se fosse a coisa mais importante do mundo. Porque de fato é.

NAOMI KLEIN, 41, é autora de "A Doutrina do Choque -a Ascensão do Capitalismo de Desastre". Reproduzido pelo "New York Times", este discurso saiu inicialmente no "Occupied Wall Street Journal".

Tradução de PAULO MIGLIACCI


Fonte: Folha de São Paulo
Foto: Carta Maior

sábado, 15 de outubro de 2011

Educação - Um dia para celebrar a história de quem luta

Anos 80: os educadores paraenses enfrentam governos da ditadura militar

Desafiando a repressão, educadores e população se unem em favor do ensino público e gratuito

Edmilson foi fundador e primeiro presidente da poderosa organização sindical dos trabalhadores em educação, o Sintepp

Com o Governo Edmilson, a educação cabana passa a ser prioridade

Dar um futuro às crianças, marca do governo Edmilson em Belém. Na foto, a inauguração da Escola Circo (2003)

Congresso Municipal de Educação, integrando o Congresso da Cidade: participação popular e qualidade social

Na mira da mídia - MP detecta novo "fantasma"


Fonte: O Liberal (15/10/2011)

Direito à Cultura - Senador do PSOL propõe insenção de impostos na compra de livros

Isenção no recolhimento de impostos para pessoas físicas que adquirirem livros técnicos diretamente ligados à sua área profissional. Essa é a proposta contida no Projeto de Lei – PLS 549/2011 de autoria do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). O PL apresentado em setembro desse ano está em tramitação na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado Federal, e será relatado pelo senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE).

Para Randolfe, a atualização do conteúdo com o qual trabalham, seria uma das maiores dificuldades enfrentada pelos profissionais das mais diversas áreas em todo o Brasil. Essa dificuldade se dá, segundo ele, pelo preço dos livros técnicos. Mesmo com a isenção de impostos à qual estão submetido, esse alto custo se torna um empecilho ao acesso desse tipo de publicação e ao investimento em qualificação profissional.

O parlamentar lembra casos como os dos professores no Brasil, que hoje lutam por melhores salários e convivem com o contraste da necessidade de atualização constante, para que possam repassar os conhecimentos adquiridos. “Esse projeto pretende possibilitar que um número maior de pessoas que não estão isentas de recolhimento de imposto de renda, por receberem mais que R$1.637,11 por mês, tenha acesso ao conhecimento e atualização profissional por meio dos livros”, acrescenta o senador amapaense.
Após ser votado na CE, o projeto será analisado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Leia a proposta na integra

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Em cima da hora - Omissão de socorro resulta em morte de grávida


Do Diário On Line



A falta de atendimento a uma grávida de sete meses resultou na morte da mãe e do bebê. Vanessa Xavier da Cruz passou mal no final da noite de ontem e durante a madrugada desta sexta-feira (14) não conseguiu socorro no Pronto Socorro Municipal do Guamá.
De acordo com o marido de Vanessa, que não quis se identificar, eles tentaram chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas não conseguiram. Por isso, a grávida foi levada em uma viatura da Polícia Militar para o PSM, onde foi barrada na porta, por uma agente de portaria identificada como Rosa Souza.
Como não conseguiu atendimento no PSM do Guamá, Vanessa seguiu na viatura policial em direção à Santa Casa de Misericórdia, no entanto, quando chegou ao hospital já era tarde. O médico de plantão chegou a realizar os procedimentos de reanimação, mas mãe e bebê já estavam mortos.
O soldado Bernardo, da Polícia Militar, acompanhou o sofrimento da jovem grávida. Segundo ele, o médico da Santa Casa acredita que Vanessa morreu por negligência e demora no atendimento.
O caso foi levado para a Seccional de São Brás, que vai apurar as causas da morte da grávida. Os PMs que acompanharam Vanessa e os funcionários do pronto socorro foram prestar esclarecimentos.
O marido da vítima disse que vai procurar a justiça para tentar responsabilizar o PSM do Guamá pela morte da esposa e do bebê.
A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) disse ao DOL que já solicitou informações detalhadas do ocorrido para o PSM do Guamá e para o SAMU. Com as informações, a Sesma vai enviar nota esclarecendo o caso.

(DOL, com informações da RBATV)

Atualizada às 11h30

Marés de Resistência - Indignados montam acampamento em Belém


Do Facebook de Edmilson Rodrigues

A crise está aí para quem quiser ver.
Mas a resposta popular também se faz presente ao redor do mundo.
A juventude paraense vai, mais uma vez, mostrar sua combatividade.
No sábado, 15, integrada a um manifesto mundial, jovens acamparão na Praça do Operário.
Parabéns pela oportuna iniciativa. Essa ação contra-hegemônica é urgente e necessária. Serve para mostrar que algo está fora da ordem. E que é preciso remar contra a maré dominante.
Estarei lá, expressando o integral apoio de meu mandato.

Na mira da mídia 1 - Depoimentos atestam a existência de "fantasmas"


Fonte: O Liberal (14/10/2011)

Liberdade zero - Wall Street pode ser 'desocupada' por ação da prefeitura

DE NOVA YORK - A Prefeitura de Nova York e a Brookfield Properties, dona do parque Zuccotti, determinaram uma limpeza da praça em que os manifestantes do movimento "Ocupe Wall Street" acampam desde o dia 17 de setembro, perto do centro financeiro da cidade. Após receberem o comunicado, os manifestantes convocaram concentração a partir das 6h de hoje. Segundo eles, a limpeza da prefeitura já foi usada como pretexto para encerrar protestos pacíficos.
Eles pediram aos apoiadores que permaneçam sentados e de braços dados no parque para impedir a polícia de retirá-los. "O 'Ocupe Wall Street' ganha força, com ações de ocupação acontecendo em cidades de todo o mundo [...], e essa é uma tentativa de nos calar."

Fonte: Folha de São Paulo

Na mira da mídia 2 - Outra mulher é pega na 'Heleno Fragoso'


Fonte: O Liberal (14/10/2011)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Quem sabe faz a hora - Construção do Espaço Palmeira

Anos 1930: Fábrica Palmeira, um dos mais destacados símbolos da Era da Borracha

Anos 90: com a destruição da Palmeira, restou um enorme buraco no centro de Belém

Em 2001, o prefeito Edmilson Rodrigues inicia a obra de construção do Espaço Palmeira, unindo revitalização do centro histórico e geração de trabalho e renda

As obras do novo Espaço Palmeira foram aprovadas pela população através do Congresso da Cidade

2003: a primeira etapa do Espaço Palmeira é um marco na preparação da Belém, 400 anos