Servidores públicos da Casa Mental de Saúde do Adulto fizeram um protesto na manhã de ontem (26) pedindo o afastamento imediato da gerente do órgão, Neysa Lima, a quem acusam de praticar assédio moral contra os funcionários concursados do órgão. O deputado estadual eleito pelo Psol, Edmilson Rodrigues, fez parte da manifestação.
Segundo os servidores, o problema vem acontecendo desde março deste ano, quando a gerente assumiu o cargo. Os servidores afirmam que a ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) já foi avisada do problema e que 17 boletins de ocorrência já foram feitos contra a gerente.
Segundo a servidora concursada do órgão, Édila Carvalho, os abusos começaram com a transferência conjunta e injustificada de 5 funcionários públicos concursados. “Desde quando chegou aqui, ela já começou a transferir um monte de gente. As ameaças de transferências são constantes”, afirma. Segundo Carvalho, as transferências foram a maneira encontrada pela gerente de afastar os servidores que questionavam algumas atitudes consideradas impróprias.
As acusações dizem respeito, principalmente, à forma como a gerente trata os servidores. Segundo eles, é comum que a gerente grite e diga palavrões aos funcionários. Dentre os abusos que teriam sido cometidos, os funcionários alegam que Neysa Lima já teria mandado desparafusar os armários dos funcionários com a alegação de que haveria uma vistoria da Sesma na Casa de Saúde Mental. Segundo a servidora pública Simone Simões, a gerente pratica esses atos por acreditar que nada acontecerá com ela. “Ela diz que é muito poderosa e que nada acontece com ela porque ela é muito forte na Sesma”, disse Simões. “A gente clama por socorro. Para que vejam o que está acontecendo aqui. A gente não aguenta mais, o medo é enorme”, afirmou a servidora.Édila Carvalho
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informou que, dentre as medidas adotadas pelo Departamento de Ações em Saúde (Deas) para readequação do trabalho e para melhorar o atendimento na rede básica de saúde estava a cobrança maior de produção de cada departamento e a fiscalização mais rigorosa da frequência dos servidores. De acordo com a nota, os procedimentos causaram conflitos entre os funcionários da Casa Mental de Saúde do Adulto por ser “um setor onde era especialmente grave a questão do não cumprimento dos horários de trabalho.” Ainda assim, a secretaria ressaltou que “vai apurar as denúncias, para que possam ser tomadas as medidas cabíveis para esclarecimento do ocorrido.”
A gerente do órgão, Neysa Lima, não foi encontrada para falar sobre o assunto. Durante o protesto, os seguranças da Casa Mental disseram que ela não estava no prédio e não sabiam informar se ela iria trabalhar. (Diário do Pará)
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