Já em 1996, o filho da Célia mostrou ter luz própria. Era, ainda, um curumim cabano, mas participou ativa e competentemente da equipe de comunicação que evocou o povo de Belém a ter Fé no que viria. No ano 2000, mais experiente e tendo desenvolvido novas habilidades técnicas, o DIMITR assumiu novos desafios na edição dos programas de TV que permitiram derrotar os coveiros de sonhos, que movidos pelo dinheiro sujo e pelos diplomas falsos, pretendiam cegar nosso povo e impedir mais 4 anos de lindas lutas e conquistas.
O camarada DIMITRI, além do domínio nas diversas áreas da comunicação social, sabia falar com o coração através de sua guitarra (com quem mantinha uma longa e eterna história de amor); explodia poesias; exalava ousadia ao compor músicas que fundiam suave e profundamente o rock com o carimbó, entre outras aventuras criativas de sua alma irrequieta. Não dá pra esquecer a banda Arcano XIX nos palcos dos festivais, das bienais internacionais de música de Belém; dos prêmios recebidos. Não dá para esquecer de sua participação no CD coletivo produzido pelo Otávio Rodrigues – Um Canto pela Paz – em homenagem ao Movimento dos Trabalhadores sem Terra. Só mesmo os artista que não emprestam seu talento aos opressores sabem o significado de usar a arte contra a violência do sistema, expressa em atos bárbaros como o Massacre de Eldorado dos Carajás. O Dimitri é um desses que está lá, cantando pelo futuro socialista, pelo mundo de justiça e paz.
Há pouco tempo, o Dimitri descobriu ser portador de um problema de saúde sério. Recebeu amor e atenção dos seus parentes e amigos, mas não resistiu. Quem sabe as injustiças do mundo que também o atingiram tenham feito o coração do poeta optar por não resistir.
Não é possível medir o tamanho da tristeza. Mas, há o consolo da certeza de que sua curta vida foi sinônimo de dignidade e de compromisso com o futuro feliz. Consola-nos, também, o fato de ele partir deixando um filho e uma bela obra poética e musical que o vai eternizar.
Por isso, choramos tua partida DIMITRI, mas festejamos tua eterna presença através do legado à história e da arte do povo cabano.
Célia e Luar, viva o Dimitri!
Edmilson Brito Rodrigues
Ele deixou também uma filha de 20 anos que está estudando odontologia e estava lá no Rio quando soube de sua partida.
ResponderExcluirFato é, que o Dimitri, moço cheio de amor e confusão sobre seus sentimentos, plantou um amor profundo, eterno que ficará secretamente no meu coração.
Estive em Belém recentemente,comecei a tocar com o meu irmão Dimitri ainda em uma Igreja na Cidade Nova,faz muito tempo e sempre caminhamos juntos como dois irmãos,fiquei triste quando cheguei na rádio e tv cultura e a recepcionista deu-me a notícia,ainda estou triste com a partida prematura de meu grande irmão e companheiro de conjunto,posso dizer que o ARCANO XIX é fruto de nossa determinação e ao longo do tempo que existiu foi moldado conforme a sensibilidade que existia entre os integrantes,Dimitri deixou um filhinho chamado Artur,lembro-me muito bem do amor que ele sentia pela criança e infelizmente sua partida prematura separou-o de seu grande fruto.Vou ficar com muitas saudades amigo,se por acaso alguém se interessar por algumas fotos que tiramos em estúdio gravando é só escrever para rochaivanrocha@gmail.com,meu nome é Ivan Rocha baterista da banda ARCANO XIX.ffique com Deus DIMITRI MARACAJÁ
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