quinta-feira, 1 de julho de 2010

Bom descanso, Luiz Carlos França


Escrevo cada poema
como se fosse o último:
"meu canto dos cisnes".

Faço dele meu amparo,
meu grito.

Faço dele minha esperança,
minha oração.

Cada palavra é mastigada
como alimento da criação

Faço da dor do viver,
bálsamo dela mesma.

Tiro o leite das pedras,
não deixo amargar meu coração.

Meu poema é minha respiração,
meu pulsar,
minha inspiração.

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