terça-feira, 13 de julho de 2010
Palavras de despedidas para quem parte ficando: DIMITRI.
Em 1996 Belém transbordou águas vermelhas da esperança em dias melhores. Poucos de fora e mesmo de dentro do PT (partido que ajudamos a fundar e a fortalecer, mas que depois de se tornar grande foi abandonado por suas lideranças, que preferem o poder pelo poder, garantido à custa de alianças esdrúxulas com as velhas oligarquias, espalhando desesperanças, fazendo a população crer que a política iguala a todos e todas ao fedor da lama da violência, da corrupção, do desgoverno em favor dos ricos e que torna os pobres mais pobres, ao invés de valorizar a força de sua base militante, de lutadores e lutadoras, que por permanecerem dignos não têm vez nem voz dentro do partido ou dos espaços institucionais sob o seu comando).
Aquele rio vermelho de alegria cresceu durante 8 anos (1997-2004) de Governo do Povo. E esse rio transbordou, porque significou crença na participação do povo, no poder popular, na democracia feita pelos que sempre foram esquecidos pelo estado. Foram muitas as emoções, porque foram muitas as conquistas. E o próprio Governo do Povo mereceu conquistar o reconhecimento nacional e internacional, através de dezenas de prêmios, de que é possível governar dentro da ordem capitalista remando contra a maré, contra a ordem; que é possível, dentro dos limites da sociedade atual realizar experiências de construção do poder popular; QUE NENHUM GOVERNANTE, NINGUÉM EM NOME DO POVO, TEM O DIREITO DE VENDER A ALMA AO DIABO EM NOME DE UMA “GOVERNABILIDADE” QUE REPRESENTE MAIS DINHEIRO PÚBLICO DESVIADO PELA VALA DA CORRUPÇÃO, MENOS RECURSOS PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICA, MENOS INVESTIMENTOS NA SAÚDE PÚBLICA E, POR ISSO, MAIS SOFRIMENTO E ABANDONO DOS MILHÕES E MILHÕES DE POBRES QUE NÃO TÊM ACESSO A PLANOS PRIVADOS DE SAÚDE, MAIS CRIANÇAS MORRENDO NA SANTA CASA, A DESPEITO DO EXCELENTE CORPO DE SERVIDORES PÚBLICOS QUE TRABALHAM NESSA INSTITUIÇÃO CENTENÁRIA, MAIS JOVENS NAS RUAS TORNANDO-SE PRESAS DO CRIME E DA VIOLÊNCIA.
Quando falamos em militantes valorosos, queremos homenagear aqueles que, nunca param de sonhar e ajudar a construir sonhos de felicidade. Ao longo de nossas vidas, temos convivido com muitas pessoas, que por serem movidas por sonhos, embalam esperanças e vitórias. Um valoroso exemplo de construtores de sonhos foi camarada DIMITI MARACAJÁ.
Sábado, dia 10 de julho de 2010, faleceu esse jovem sonhador. Resolveu levar poesia para os céus, o camarada DIMITRI.
Conheci o Dimitri como filho da Célia Maracajá, que além de grande atriz é amante de cinema e artesã dessa sétima arte, talvez o principal motivo de também ter-se apaixonado pelo Luiz Arnaldo Dias Campos (outro poeta das imagens que vive viajando em belas marés de céus).
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Qual a causa da morte?
ResponderExcluirViverás sempre no olhar meigo que tinhas, na lembrança do toque macio e apertado que davas em minha mão, no último beijo que me jogaste.
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