Nunca houve tantos mecanismos de controle sobre as eleições no Brasil.
Nunca houve tanto abuso do poder econômico - às escâncaras, diga-se - num processo de fraude que deveria desencadear uma ira cívica sem precedentes, mas, contraditoriamente, serve apenas de fermento à apatia e ao desencanto de muitos.
Na raiz de tudo, reina solene, a mãe de todas as maracutaias: o financiamento privado de candidatos e partidos, através do qual mandatos acabam como meros instrumentos de negócios escusos na via dupla onde se encontram a fome e a vontade insaciável de comer.
Mas, que ninguém se esqueça, a roda da história não para de girar.
Em meio a tudo isso, de forma ainda pouco visível, parcelas críticas do eleitorado vão se dando conta de algo preciso ser feito. E feito com o misto de pressa e perseverança dos que vislumbram com clareza o porto de destino.
Página Crítica
Quando se escreve a roda da história vai girar, está girando mesmo e com deslavado cinismo. Dou exemplo: Ali no bairro Castanheira, que faz divisa entre Belém e Ananindeua está o que será o prolongamento da avenida João Paulo II, a 1° de dezembro. Pois bem, quando chove é um lamaceiro só, quando faz Sol é só um poeirão. Lá funciona uma escola em regime de convênio com a SEDUC onde estudam crianças de 6, 7, 8 anos num verdadeiro estado de penúria. A escola está quase dentro do mato, numa construção baixa coberta de brasilit. Imagine o sofrimento daqueles filhos de assalariados, quando, por sorte tem salário. O inusitado: a governadora e seus "menudos" estiveram andando por aquelas bandas. Nem se aproximaram da escola. Agora estão jogando, pelas ruas onde os nobres pisaram um pó de asfalto. Não é nem de 1,99. Se for de 0,99 ainda se estará pagando muito.`
ResponderExcluirÉ como disse o poeta: "Tem que ter cultura para cuspir nessa estrutura".
Por uma voz corrente, coerente, verdadeiramente comprometida com seu povo e com a história.
EDMILSON DEPUTADO ESTADUAL 50123