A população de Pará ficou profundamente consternada neste sábado (29) com o desabamento de um prédio de 34 andares na travessa 3 de maio, área central de Belém. O edifício, que estava em construção, é de propriedade da construtora Real, e o número de vítimas fatais, até o momento,permanece indefinido.
Trata-se de uma tragédia de enormes proporções. Tragédia que expõe, a um só tempo, a ganância do capital imobiliário e a ineficácia e, não raro, A cumplicidade, das autoridades públicas que possuem o dever legal de zelar pela segurança da construção civil em nosso Estado.
A ânsia do lucro fácil faz com que muitas empresas do setor imobiliário, em franca expansão nos últimos anos, sacrifiquem os cuidados básicos com a segurança de seus empreendimentos. Conforme denúncia do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil é comum a imposição de jornadas excessivas e a criminosa negligência para com as normas de segurança no local de trabalho, que está na raiz do crescente número de acidentes fatais na categoria.
Os órgãos fiscalizadores, notadamente aqueles vinculados à Prefeitura de Belém, não fazem sua parte, jogando mais lenha nessa fogueira de desastres anunciados. Não é ocioso recordar que há 23 anos, em agosto de 1987, Belém vivenciou tragédia semelhante quando do desabamento do edifício Raimundo Farias, matando 39 operários, sem que os responsáveis tenham sido punidos.
O PSOL no Pará e seus parlamentares – a senadora Marinor Brito e o deputado estadual Edmilson Rodrigues -, expressam a mais irrestrita solidariedade às famílias das vítimas deste triste episódio de menosprezo à vida humana, ao mesmo tempo em que anunciam sua firme disposição de lutar, por todos os meios, para que tal crime não venha a ser coberto pelo vergonhoso manto da impunidade.
Belém, 30 de janeiro de 2011.
Araceli Lemos, presidenta do PSOL – PA
Marinor Brito, senadora da República
Edmilson Rodrigues, deputado estadual
Só queria lembrar que em 13 de agosto de 1987, o governador era Hélio da Mota Gueiros.
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