Moção apresentada
pelo deputado estadual Edmilson Rodrigues (PSOL), na Assembleia Legislativa do
Pará, confere a solidariedade e o apoio à greve por tempo indeterminado dos empregados
da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), iniciada nesta terça-feira, 12. “O
movimento grevista é legítimo e luta, dentre outras coisas, pelo acesso ao direito
humano básico de ter abastecimento de água, com qualidade e eficiência. A
Assembleia tem que intervir para que a Cosanpa abra imediatamente uma mesa de
negociação para encontrar uma saída ao conflito trabalhista”, defendeu
Edmilson, na tribuna da Alepa.
A greve é organizada pelo Sindicato dos
Urbanitários do Pará e foi deslanchada porque não houve acordo em relação à
data-base deste ano, cujas negociações iniciaram há um mês. Os trabalhadores
exigem a reposição da inflação, em 4,88%; aumento real e do tíquete-alimentação;
melhorias das condições de trabalho; e a substituição de empregados
terceirizados e comissionados por funcionários aprovados em concurso público. A
categoria decidiu manter os serviços essenciais para não prejudicar a
população.
“Segundo o sindicato,
a Cosanpa possui cerca de 130 comissionados, que são indicados políticos e possuem
salários maiores do que os concursados, de R$ 6 mil, o que onera a folha de
pagamento da empresa. Ainda, a diretoria da estatal ganha salários acima de R$
13 mil, sendo que o presidente da empresa tem vencimento de pouco mais de R$ 19
mil. Esses salários foram aumentados no ano passado, mesmo período em que a
empresa negava aumento aos trabalhadores. Antes do reajuste, os salário variavam
entre R$ 8 mil e R$ 9 mil”, reproduziu Edmilson
Os trabalhadores da
Cosanpa, com o apoio do deputado do PSOL, lutam também contra o projeto
210/2011, que institui no Pará as parcerias público-privadas, que repassará repassar
14 setores do governo do estado, inclusive o saneamento, para a administração
da iniciativa privada. O PL foi enviado ao Legislativo pelo Executivo.
“O serviço de abastecimento de água em todo o Estado é precário. As faltas constantes de água são notícias na imprensa.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta Belém com o
pior índice de saneamento básico entre as capitais brasileiras. É inadmissível
que na região mais rica em água doce do planeta, a sua população ainda tenha que
conviver com a falta de água”, criticou Edmilson.
Assessoria de Imprensa
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