APRESENTAÇÃO
O Grupo de pesquisa Movimentos Sociais, Educação e Cidadania na Amazônia(GMSECA) promove o III Seminário de Movimentos Sociais na América Latina: os ciclos de lutas e as estratégias da esquerda latino-americana e está estruturado em conferência, palestra e comunicações orais, que envolvem 20 (vinte) países da América Latina. Os estudos demonstram que o continente desde a vitória da Revolução Cubana (1959) viveu vários ciclos de ascensão e descensão das lutas políticas, de triunfos e reveses. Tais ciclos compõem uma tendência ascendente, que pode ser caracterizada como um ciclo longo de expansão das lutas populares, seguido pela sucessão de prazos curtos onde expressa a instabilidade do continente e a incapacidade de consolidação de alternativas reveladora de uma profunda crise hegemônica. Registram, também, uma enorme capacidade de recuperação da esquerda diante de reveses como a morte de CHE, o golpe do Chile, a derrota sandinista, as ditaduras militares, os governos neoliberais. Para Emir Sader (2009, p.130) as estratégias da esquerda latino-americana se expressam em estratégia de reformas democráticas, estratégia da guerra de guerrilhas e estratégia de construção de modelo alternativo ao neoliberalismo. A estratégia de reformas democráticas organizou-se em torno de grandes reformas estruturais que desbloqueassem o caminho do desenvolvimento econômico. A estratégia da guerra de guerrilhas c/ o triunfo da Revolução Cubana a via insurrecional incorporou a guerra de guerrilha como estratégia de poder para a esquerda latino-americana. A guerra de guerrilhas tinha caracterizado as revoluções chinesa e vietnamita e trazia para a América Latina a “atualidade da revolução”.Tal estratégia vitoriosa produziu influência e promoveu sua reiteração em vários países. A estratégia de construção de modelo alternativo ao neoliberalismo produz as lutas de resistência ao neoliberalismo que geraram uma nova estratégia porque os processos boliviano, equatoriano e venezuelano foram convergindo para superação do neoliberalismo e criando o processo de integração regional. As situações vivenciadas pelos países da América Latina produzem a necessidade de reflexão e debate sobre os diversos processos sociais desenvolvidos nesses países e as articulações necessárias para uma saída conjunta ao domínio do sistema econômico, social, político e cultural atual.
OBJETIVOS
Debater acerca dos ciclos de lutas e as estratégias da esquerda latino-americana.
Analisar os ciclos de lutas camponesas e as estratégias da Via Campesina.
Fomentar a produção de conhecimento referente à criação de uma teoria explicativa dos movimentos sociais latino-americanos em articulação com as experiências institucionais, de pesquisadores e dos representantes dos movimentos sociais.
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